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“Incidente” que não se apaga

Em Hong-Kong, mais de 100 000 pessoas saíram às ruas, em vigília pelas vítimas do massacre na Praça da Paz Celestial, ocorrido há trinta anos

Por Kátia Mello
Atualizado em 17 jul 2019, 16h54 - Publicado em 7 jun 2019, 07h00

Há trinta anos, na madrugada de 4 de junho, 300 000 soldados com tanques e armamento pesado avançaram sobre a Praça da Paz Celestial e dispararam contra uma multidão composta, em sua maioria, de estudantes que lá se aglomeravam. Fazia mais de um mês que eles ocupavam o local — no auge, chegaram a 1 milhão —, clamando por democracia. Nunca se soube ao certo o número de mortos e feridos. Milhares, com certeza.

O massacre, que a China chama de “incidente de 4 de junho”, foi um marco: com as autoridades em alerta constante e a população receosa, nunca mais se viu algo parecido no país, nem pela internet, lá sob férrea censura. O mesmo não acontece em Hong Kong, a ilha que permaneceu sob controle britânico até 1997 e, ao ser devolvida, ganhou um sistema híbrido de governo até agora incapaz de reprimir protestos com a eficiência do gigante continental. Lá, mais de 100 000 pessoas saíram às ruas com velas nas mãos, em vigília pelas vítimas da Praça da Paz Celestial. Muitos choraram diante do telão que projetava imagens de soldados atirando e de jovens pedindo democracia. Em Taiwan, outra ilha de chineses que desafiam Pequim, uma exposição homenageou o “homem do tanque”, ícone da resistência — um jovem até hoje não identificado que se postou diante de uma fila de blindados e, por alguns instantes, bloqueou seu curso naquela madrugada de junho, que não teve um minuto de paz.

Publicado em VEJA de 12 de junho de 2019, edição nº 2638

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