Hong Kong distribuirá 500 mil passagens gratuitas para estimular turismo
A partir de 1º de março, pessoas de todo o mundo podem participar de sorteios para ganhar uma viagem de graça à cidade
O governo de Hong Kong anunciou na quinta-feira 2, que vai distribuir 500 mil passagens aéreas de graça para reaquecer a indústria de turismo. A iniciativa “Hello Hong Kong”, planejada há mais de dois anos, pretende atrair mais visitantes depois de anos de fronteiras fechadas devido à pandemia de Covid-19.
O setor de turismo da cidade sofreu fortes impactos em consequência da pandemia, e os sortudos que ganharem as passagens em um sorteio devem encontrar uma Hong Kong bem diferente do que costumava ser antes da Covid-19.
O restaurante flutuante Jumbo Kingdom, uma das atrações mais amadas da cidade, fechou permanentemente durante a pandemia e até afundou após ter sido deslocado. Outro ponto famoso da cidade, o Peak Tram, um bondinho que carrega turistas e locais para as partes mais altas da cidade, também passou por uma reformulação.
+ Chineses viajam a Hong Kong e apelam ao mercado paralelo para tratar Covid
Antes da pandemia, Hong Kong recebia cerca de 56 milhões de viajantes por ano. Em 2022, o número de turistas despencou para cerca de 100 mil. Além disso, o centro financeiro da cidade também teve uma queda populacional de 1,6%, a maior desde 1996.
A iniciativa “Hello Hong Kong” pretende mudar esse cenário. Os bilhetes serão distribuídos para as três companhias aéreas da cidade – Cathay Pacific, HK Express e Hong Kong Airlines – e custam aos cofres públicos cerca de US$ 254,8 milhões.
+ Boeing 747 voa pela última vez, marcando fim de uma era na aviação
Os interessados em ir à cidade de graça devem visitar o site do World of Winners a partir de 1º de março, para inserir seus nomes no sorteio, que vai funcionar em três etapas. Nesta data, o programa abre apenas para a população do Sudeste Asiático. Um mês depois, será a vez dos turistas da China Continental e, em 1º de maio, pessoas de todo o mundo poderão concorrer às passagens. Moradores da própria Hong Kong também terão sua chance a partir de 1º de junho.
Hong Kong fechou cedo no calendário pandêmico. Em janeiro de 2020, quando os primeiros casos ainda estavam aparecendo na província chinesa de Wuhan, autoridades já começaram a cancelar eventos presenciais.
+ O que é o balão espião chinês que o Pentágono diz estar sobrevoando os EUA
Viajar para a cidade era desafiador e caro durante a pandemia. Visitantes eram obrigados a passar por quarentenas, que chegavam até a 21 dias, em hotéis custeados por eles próprios.
Quem era diagnosticado com Covid-19 em testes obrigatórios na chegada de Hong Kong costumava ser diretamente enviado para instalações do governo – e a cidade era restrita para a população local. Esses fatores abalaram a indústria de turismo e, quando as autoridades anunciaram o fim das quarentenas, em setembro de 2022, o setor continuou frio. “Hello Hong Kong”, apesar de planejada, também é uma medida desesperada.