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Homicídios no México caem 37% com Sheinbaum, mas dado tem um porém; entenda

Números, alertam analistas de segurança, não podem ser considerados parte de um quadro de pacificação

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 10 dez 2025, 11h21 •
  • O número médio diário de homicídios caiu 37% no México desde que a presidente Claudia Sheinbaum assumiu o poder, em outubro do ano passado, mostraram dados divulgados pelo governo nesta terça-feira, 9, criticados por especialistas. No panorama geral, foram cerca de 55 assassinatos por dia em novembro, em comparação com quase 87 do mesmo período de 2024. Em coletiva, a chefe do sistema nacional de segurança pública, Marcela Figueroa Franco, afirmou que a queda na taxa é reflexo de mudanças adotadas pelo Palácio Nacional

    “O resultado em homicídios que tivemos nesses meses é muito significativo”, disse Sheinbaum, acrescentando que trata-se do menor número desse crime para qualquer mês de novembro nos últimos 10 anos.

    Os embates entre cartéis e a violenta resposta militar do governo mexicano dispararam os casos de homicídio nos últimos anos, com pico de 36.773 assassinatos em 2020, de acordo com o Instituto Nacional de Estatística e Geografia do país. O panorama levou o México a ter índices mais de quatro vezes maiores que os dos Estados Unidos.

    Mas, de lá para cá, a taxa tem recuado. No ano passado, foram 33.550. A queda, segundo o governo Sheinbaum, tem relação com uma nova política de segurança pública, que inclui fortalecimento da Guarda Nacional do México, a melhoria dos esforços de inteligência e maior coordenação entre agências governamentais. Em paralelo, quase 40.000 pessoas foram presas entre outubro de 2024 e novembro de 2025 por crimes de grande repercussão, ao passo que mais de 20.000 armas de fogo e 311 toneladas de drogas foram apreendidas.

    “Existe uma estratégia, existe o monitoramento da estratégia e existe um monitoramento específico município por município em alguns casos. A estratégia funciona. E temos que continuar trabalhando nela todos os dias”, disse a presidente em agosto.

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    + A cutucada da presidente do México em Trump durante sorteio da Copa do Mundo

    Sem cenário de pacificação

    O prenúncio de melhora é enxergado com ceticismo por analistas. Os números, alertam eles, não leva em consideração o agravamento de outros crimes, como desaparecimentos forçados, e não podem ser considerados parte de um quadro de pacificação. Segundo o think tank de análise de políticas públicas Mexico Evalúa, os homicídios em geral caíram mais de 20% nos primeiros 10 meses deste ano, mas os desaparecimentos aumentaram 15% e, em alguns estados, dispararam 200%.

    “Os dados sobre homicídios já não são válidos para estimar o contexto da insegurança pública”, afirmou Armando Vargas, especialista da  Mexico Evalúa. “Em primeiro lugar, temos policiais e promotores que não têm capacidade nem vontade de identificar e classificar os cadáveres corretamente. Em segundo lugar, o crime organizado… tem a capacidade de ocultar a violência através de desaparecimentos.”

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    “Usar a média diária torna invisíveis os picos de violência”, advertiu ele. “(O presidente dos EUA) Donald Trump não pode acusar a presidente Sheinbaum de não fazer nada, porque na realidade ela está fazendo muito com essas milhares de prisões, milhares de apreensões e todo o enfraquecimento operacional do crime organizado. É muito vantajoso politicamente.”

     

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