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Homem é resgatado vivo após cinco dias em escombros de terremoto em Mianmar

Jovem de 26 anos foi encontrado por equipe de socorristas de Mianmar e da Turquia nas ruínas de um hotel na capital, Naypyidaw

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 2 abr 2025, 12h43

Um homem de 26 anos foi resgatado com vida nesta quarta-feira, 2, após cinco dias soterrado nos escombros de um hotel em Mianmar, que foi atingido por um terremoto de magnitude 7,7 na escala Richter na semana passada. O jovem, que não teve a identidade revelada, foi encontrado por equipe de socorristas de Mianmar e da Turquia nas ruínas do edifício na capital, Naypyidaw.

Até o momento, foram registradas mais de 2.700 mortes pelo terremoto. Acredita-se que o número de vítimas ultrapassará 3 mil pessoas, disse o governante militar de Mianmar, Min Aung Hlaing. No entanto, agências humanitárias estimam que 10 mil pessoas podem ter morrido. Cerca de 4.500 pessoas ficaram feridas e 441 continuam desaparecidas.

Nas cidades de Sagaing e Mandalay, no epicentro do tremor, sobreviventes dormem na rua, enquanto água, comida e remédios estão em falta. Há relatos de um cheiro fétido nos locais, em razão dos corpos presos nos entulhos.

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“O impacto devastador do terremoto de sexta-feira está se tornando mais claro a cada hora – esta é uma crise após outra para Mianmar, onde a situação humanitária já é terrível”, afirmou Arif Noor, diretor nacional da agência humanitária Care em Mianmar, ao jornal britânico The Guardian. “As equipes de resgate ainda estão recuperando os que ficaram presos sob os escombros, e os hospitais estão sobrecarregados. As cicatrizes físicas e mentais desta catástrofe durarão décadas.”

Na segunda-feira, 31, uma mulher foi retirada com vida dos escombros de um hotel após permanecer soterrada por quase 60 horas, anunciou a embaixada da China no país. O governo chinês enviou ajuda e funcionários para auxiliar as equipes. Ela foi resgatada com estado de saúde estável em uma complexa operação de cinco horas no perímetro do Great Wall Hotel, em Mandalay, segunda maior cidade de Mianmar.

+ Número de mortos por terremoto em Mianmar ultrapassa 2.000

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Guerra civil

As agências da ONU também informaram que os hospitais estavam sobrecarregados e que as equipes de socorro têm apresentado dificuldade em agir no país, afetado pelos danos do terremoto e pela guerra civil. Em 2021, militares tomaram o poder das mãos do governo eleito de Aung San Suu Kyi, dando início a uma batalha sangrenta com milícias e grupos pró-democráticos. Apesar do desastre natural, os conflitos continuaram, com entidades internacionais registrando ao menos três ataques aéreos na vizinhança do epicentro dos tremores.

“Continuar as operações militares em áreas afetadas pelo desastre arrisca mais perdas de vidas”, frisou Julie Bishop, a enviada especial da ONU para Mianmar, apelando para que o conflito cesse enquanto os paramédicos e socorristas atuam no país.

+ A terrível situação em Mianmar após terremoto que matou quase 3 mil até agora

Intensidade do terremoto

O Serviço Geológico dos Estados Unidos (USGS, na sigla em inglês) disse que o terremoto foi superficial, a uma profundidade de apenas 10 km, com o epicentro perto da cidade de Mandalay, no centro do país, a cerca de 50 km da cidade de Monywa. Sua magnitude faz dele um dos sismos mais poderosos a atingir a região nos últimos tempos; um tremor secundário, de magnitude 6,4, ocorreu 12 minutos depois.

O tremor de magnitude 7,7 se assemelha, segundo especialistas, ao que matou mais de 50 mil pessoas na Turquia, em 2023. O fenômeno matou mais de 50 mil pessoas.

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