Hillary Clinton condena execução de réu mexicano no Texas
Secretária de Estado ficou 'decepcionada' com medida, segundo porta-voz. Réu não recebeu atendimento consular, como obriga a Convenção de Viena

A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, condenou nesta sexta-feira a execução por injeção letal do réu mexicano Humberto Leal García, no Texas, após o Supremo Tribunal ter se recusado a impedir sua morte, na quinta-feira. Segundo a porta-voz do departamento, Victoria Nuland, Hillary ficou “muito decepcionada” com a aplicação da pena capital. “O governo dos Estados Unidos não está de acordo com o que ocorreu neste caso e tentou deter o cumprimento da pena”, informou Victoria em sua entrevista coletiva diária.
Leal, de 38 anos, era um dos 51 mexicanos no corredor da morte cuja pena atraiu a atenção da Corte Internacional de Justiça (CIJ) em 2004. Isso porque o réu não recebeu atendimento consular, como obriga a Convenção de Viena. A porta-voz reconheceu que a execução, apesar dos esforços do governo, pode prejudicar os cidadãos americanos no exterior. “Francamente, se não protegemos os direitos dos estrangeiros que estão nos EUA, nos arriscamos seriamente a expor os nossos próprios cidadãos ao mesmo em outros países”, disse.
No entanto, Victoria Nuland ressaltou que Washington não recebeu nenhuma advertência de outros países no sentido de restringir o acesso consular dos americanos presos em seus territórios. “De fato, recebemos comentários positivos de embaixadas estrangeiras sobre o trabalho duro que empreendemos para resolver esta situação”, concluiu.