Hezbollah tenta atacar Tel Aviv, mas míssil é interceptado por Israel
Intenção do grupo seria atingir a sede da agência de espionagem Mossad. Forças israelenses voltaram a realizar ataques aéreos no sul do Líbano
Israel afirmou nesta quarta-feira, 25, que interceptou um míssil oriundo do Líbano perto de Tel Aviv, centro econômico do país. De acordo com o Hezbollah, seus combatentes dispararam um foguete com a intenção de atingir a sede da agência de espionagem Mossad, o que não foi confirmado pelos israelenses. As informações são das agências de notícias Reuters e Associated Press.
Sirenes de alerta foram ouvidas em Tel Aviv, mas não houve relatos de danos nem de vítimas. Também nesta quarta, Israel lançou novos ataques aéreos no sul do Líbano, que já deixam ao menos 22 mortos, segundo o Ministério da Saúde libanês. Mais cedo, o ministro da Saúde Firass Abiad disse à emissora Al Jazeera que, desde segunda-feira, a ofensiva israelense matou 591 pessoas, sendo ao menos 50 crianças, e deixou 1.835 feridos. A Força Aérea Israelense disse que caças atingiram 280 alvos do Hezbollah no Líbano.
O conflito entre as forças israelenses e o grupo extremista é o maior em muitos anos e se intensificou nos últimos dias, após a explosão de pagers e walkie-talkies usados por membros do Hezbollah na última semana. Na segunda, uma onda de ataques aéreos das forças israelenses matou mais de 500 libaneses e deixou ao menos 1.000 feridos. Milhares tiveram de fugir da área. A facção havia disparado foguetes no domingo.
O porta-voz militar israelense Nadav Shoshani afirmou que não podia confirmar qual era o alvo do Hezbollah quando disparou o míssil de uma vila no Líbano. “O resultado foi um míssil pesado indo em direção a Tel Aviv, em direção a áreas civis em Tel Aviv. A sede do Mossad não fica naquela área”, ponderou. Sirenes de alerta também soaram em outras áreas do centro de Israel, incluindo a cidade de Netanya. Segundo os militares, esta foi a “primeira vez” que um míssil do Hezbollah atingiu a área de Tel Aviv.
Após quase um ano de guerra contra o Hamas em Gaza, Israel mudou seu foco para a fronteira norte. Cerca de 60 mil pessoas foram retiradas da área próxima à divisa com o Líbano nos dias após os ataques do grupo palestino, em 7 de outubro do ano passado, já que o Hezbollah iniciou ataques pontuais em solidariedade à facção aliada. A população foi impedida de retornar a suas casas desde então, devido às constantes trocas de tiros entre as forças israelenses e a milícia libanesa.
Yoav Gallant, ministro da Defesa de Israel, disse que a campanha de ataques aéreos contra o Hezbollah continuará até que todos possam voltar para suas casas.
A tensão na fronteira aumentou exponencialmente com a explosão dos aparelhos de comunicação. Essa operação matou 42 pessoas e feriu mais de 4 mil. A sabotagem foi atribuída a Israel, mas o país não confirmou nem negou a autoria do ataque.
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