Hackers russos preparam ataque cibernético contra Ucrânia, diz Microsoft
Invasão virtual inclui ameaça no 'estilo ransomware' a organizações que atendem às linhas de abastecimento do território ucraniano, segundo empresa
Um relatório de pesquisa da Microsoft divulgado nesta quarta-feira, 15, afirma que hackers russos estão supostamente preparando uma nova onda de ataques cibernéticos contra a Ucrânia. A invasão virtual inclui uma ameaça no “estilo ransomware” a organizações que atendem às linhas de abastecimento do território ucraniano.
O relatório também descreveu uma série de novas descobertas sobre como os hackers russos operam durante o conflito na Ucrânia, além de futuras estratégias cibernéticas do país.
“Desde janeiro de 2023, a Microsoft observou a atividade de ameaças cibernéticas russas se ajustando para aumentar a capacidade destrutiva e de coleta de informações na Ucrânia e nos ativos civis e militares de seus parceiros”, diz o relatório. Um grupo “parece estar se preparando para uma nova campanha destrutiva”.
De acordo com autoridades de segurança ocidentais, as descobertas surgem no momento em que a Rússia introduz novas tropas no campo de batalha no leste da Ucrânia. No mês passado, o ministro da Defesa ucraniano, Oleksiy Reznikov, alertou que a Rússia poderia acelerar suas atividades militares nos arredores da marca de um ano da invasão, em 24 de fevereiro.
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A embaixada russa em Washington ainda não se pronunciou. Alguns especialistas afirmaram que a tática de combinar operações militares físicas com técnicas cibernéticas é comum, e já fui usada em atividades militares russas anteriores.
“Emparelhar ataques cinéticos com esforços para interromper ou negar a capacidade dos defensores de coordenar e usar tecnologia ciberdependente não é uma nova abordagem estratégica”, reiterou a diretora associada da Cyber Statecraft Initiative do Atlantic Council, Emma Schroeder.
Em abril do ano passado, um grupo de hackers ligado a militares russos tentou se infiltrar em subestações de energia ucranianas com o objetivo de cortar a eletricidade do país. Em 2015, o coletivo de hackers já havia sido acusado por autoridades americanas de cortar energia de mais de 250.000 pessoas.