Guerra na Ucrânia pode demorar anos, diz secretário-geral da Otan
Jens Stoltenberg cobrou apoio dos aliados ucranianos no momento em que as forças russas disputam territórios no leste do país
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, disse neste domingo, 19, que a guerra na Ucrânia pode demorar anos. Stoltenberg cobrou apoio dos aliados ucranianos no momento em que as forças russas disputam territórios no leste do país.
“Precisamos nos preparar para o fato de que [a guerra] pode levar anos, não podemos desistir de apoiar a Ucrânia”, disse o secretário-geral da Otan, segundo o jornal alemão Bild. “Mesmo se os custos forem altos, não apenas em apoio militar, mas também na alta dos preços de energia e alimentos.”
O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que visitou Kiev na sexta-feira, com uma proposta de treinamento às forças ucranianas, também disse no sábado que era importante o Reino Unido manter o apoio. Em um artigo de opinião no jornal Sunday Times, de Londres, Johnson disse que isso significava garantir que “a Ucrânia receba armas, equipamentos, munição e treinamento mais rapidamente do que o invasor”.
Um dos principais objetivos da ofensiva de Moscou para tomar o controle da região de Luhansk – uma das duas províncias que compõem Donbas — é a cidade industrial de Sievierodonetsk. A Rússia afirmou neste domingo que o ataque na cidade estava avançando com sucesso.
O governador de Luhansk, Serhiy Gaidai, disse à TV ucraniana que os combates tornavam a retirada de pessoas da cidade impossível, mas que os russos estão mentindo: “Eles controlam a principal parte da cidade, mas não toda ela”.
A Rússia informou ter lançado o que chamou de “operação militar especial” para desarmar a Ucrânia e proteger pessoas ali residentes que falam russo. Kiev e seus aliados rejeitaram a justificativa como um pretexto sem fundamento para uma guerra de agressão. Na sexta-feira, a Comissão Europeia recomendou que a Ucrânia tenha status de candidata, decisão que as nações integrantes da União Europeia devem endossar em uma reunião na próxima semana.
(Com Agência Brasil)