Guerra entre Israel e Hamas completa cem dias com novos ataques
Ao todo, são quase 24 mil mortes desde o início do conflito, em 7 de outubro, segundo o Ministério da Saúde de Gaza
A guerra no Oriente Médio, entre Israel e o Hamas, completou neste domingo, 14, cem dias, com quase 24 mil mortes e 60 mil pessoas feridas, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza. Apenas nas últimas 24 horas, foram 125 novos óbitos, em meio a novos combates e tiroteios. O conflito começou no dia 7 de outubro, com o bombardeio do Hamas contra Israel.
Pelo terceiro dia seguido, segundo a agência Reuters, as comunicações e serviços de internet foram interrompidos, o que tem prejudicado o atendimento das equipes de emergência. Enquanto isso, tanques e aviões de Israel seguem atingindo alvos em Gaza, onde também houve registros de tiroteios, especialmente na cidade de Khan Younis, ao Sul.
Lá, o Hamas afirma ter atingido um tanque israelense, o que de acordo com o grupo, aconteceu ainda em Al-Bureji e Al Maghazi, mais ao centro da região. Israel afirma que, nesses confrontos, foram mortos diversos militantes, e que também destruiu pontos-chave onde são disparados foguetes contra o seu território.
Israel vai manter ofensiva, diz Netanyahu
No sábado, 13, o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que “ninguém irá deter” os israelenses. “Nem Haia, nem o Eixo do Mal, nem ninguém mais”, completou, em referência à ação movida pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça, localizada em Haia, na Holanda — e em meio a apelos pelo cessar-fogo. O país acusa Israel de ter violado a Convenção da ONU sobre Genocídio pelos bombardeios em Gaza.
Já neste domingo, em meio a protestos em prol da libertação dos reféns, Netanyahu disse que o país está fazendo “de tudo para trazê-los de volta para casa”. O primeiro-ministro afirmou ainda que o conflito ainda se estenderá por muitos meses.
PM Netanyahu: "One hundred days ago, the Hamas monsters invaded the State of Israel and massacred us. They raped and burned our citizens and took them hostage. We have returned half of them. We are not giving up on anyone. pic.twitter.com/fcRSARTimE
— Prime Minister of Israel (@IsraeliPM) January 14, 2024
“Há cem dias, os monstros do Hamas invadiram o Estado de Israel e nos massacraram. Eles estupraram e queimaram nossos cidadãos e os fizeram reféns. Devolvemos metade deles. Não vamos desistir de ninguém. Estamos fazendo de tudo para trazê-los de volta para casa. Enfatizo: Todos eles, sem exceção. Esses esforços continuam em todos os momentos, mesmo neste momento. Iremos completá-los ao mesmo tempo que completaremos os outros objetivos da guerra”, disse Netanyahu.
Já o líder do Hamas, Ismail Haniyeh, disse ao participar de uma conferência em Istambul que o grupo “não está buscando guerras”, mas a “liberdade”. E acrescentou, dizendo que o ataque a Israel, em 7 de outubro, foi, em parte, feito em resposta ao bloqueio de Israel por anos à Faixa de Gaza, controlada desde 2007 pelo grupo palestino.