Guarda Costeira líbia resgata 272 imigrantes que iam à Europa
Em uma das embarcações foram encontrados os corpos de duas pessoas que morreram por causa da fumaça do motor ou por esmagamento
A Guarda Costeira da Líbia resgatou nas últimas horas 272 pessoas que viajavam a bordo de dois botes com a intenção de chegar ao litoral da Europa, informou nesta segunda-feira a autoridade de imigração do oeste do país.
Segundo o coronel Ayoub Kasem, porta-voz da guarda litorânea, na tarde de domingo foram encontradas ambas embarcações a aproximadamente 48 e 19 quilômetros, respectivamente, do litoral da cidade de Garrabulli, nos arredores de Trípoli, e nelas viajavam 53 mulheres e 56 crianças.
Em uma delas foram encontrados os corpos de duas pessoas que teriam morrido por causa da fumaça do motor ou por esmagamento. Segundo a Reuters, os corpos seriam de duas mulheres.
“Todos os sobreviventes foram transferidos a um porto próximo onde receberam os primeiros socorros. Depois foram levados ao centro de amparada de imigrantes e se iniciou o processo de repatriação entrando em contato com suas embaixadas”, explicou Ayub em comunicado.
No sábado, oito refugiados morreram e 84 foram resgatados pela guarda costeira da Itália após o bote de borracha que estavam naufragar. De acordo com a Al Jazeera, acredita-se que este foi o primeiro naufrágio de 2018. Todas as oito vítimas eram mulheres.
A Líbia é a principal via para quem pretende chegar à Europa a partir da África. Por meio do mar Mediterrâneo é possível chegar à costa da Itália e a Malta. As praias que se estendem entre Trípoli e a fronteira com a Tunísia se transformaram nos últimos dois anos no principal reduto das máfias que traficam seres humanos, apesar da presença das patrulheiras europeias.
Segundo dados da Organização Internacional de Migração (OIM), organismo vinculado à ONU, mais de 171.635 imigrantes ilegais conseguiram cruzar o mar em direção à Europa em 2017, enquanto 3.116 desapareceram na travessia. A maioria dos imigrantes foge da guerra no Oriente Médio e da pobreza na África.
(Com EFE e Reuters)