Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

Greve dos transportes paralisa Argentina e aumenta embate de Milei com sindicatos

Trabalhadores protestam contra série de demissões em agências públicas promovidas pelo governo, que avança com medidas de austeridade

Por Da Redação
Atualizado em 30 out 2024, 16h17 - Publicado em 30 out 2024, 12h20

Os principais sindicatos de transporte da Argentina deram início à meia-noite desta quarta-feira, 30, a uma greve nacional de 24 horas, em rejeição às medidas de austeridade do presidente Javier Milei. Desde cedo, a capital Buenos Aires e outras grandes cidades registram engarrafamentos e filas nas estações de metrô, já que a paralisação inclui trem, ônibus, táxis e até portos e aviões.

Segundo o jornal argentino La Nación, cinco dos maiores sindicatos do setor aéreo aderiram à greve, impactando quase 30.000 pessoas.

+ Com a renda em queda e a miséria aumentando, os argentinos vão às ruas

Os trabalhadores protestam contra uma série de demissões em agências públicas promovidas pelo governo Milei, que avança com medidas de austeridade para equilibrar as contas em meio à crise econômica e social que castiga o país, com dívidas elevadas, câmbio deteriorado, reservas internacionais escassas e inflação na casa de 236%.

Alguns sindicatos também protestam contra os planos de privatizar a Aerolíneas Argentinas, que reduziu sua força de trabalho nos últimos meses.

Em resposta, o governo usou o aplicativo oficial MiArgentina para criticar a greve, convidando os cidadãos a denunciar se forem coagidos a aderir à paralisação. O porta-voz do governo, Manuel Adorni, usou a rede social X, antigo Twitter, para ironizar: “Boa jornada de trabalho a todos”.

Continua após a publicidade

“As pessoas só não trabalham se forem obrigadas a não fazê-lo, e só conseguem isso impedindo-as de chegar aos seus locais de trabalho”, escreveu.

À rede Todo Noticias, o secretário-geral do sindicato La Fraternidad, que reúne condutores de trem, disse que o protesto é “contra a economia que o governo está implementando”.

O corte de gastos e o ajuste das contas públicas estão no foco de Milei, que afirma que, melhorando a parte fiscal, a economia argentina dará mais confiança aos investidores, destravando investimentos privados. Desde que assumiu o poder, em dezembro do ano passado, o índice mensal de preços do país caiu dos 25,5% para 4,2% em agosto deste ano, uma desaceleração que tem sido um dos trunfos da gestão.

Continua após a publicidade

Para a população, no entanto, os índices são desanimadores. O número de argentinos que vivem abaixo da linha da pobreza aumentou no primeiro semestre deste ano e chegou a 15,7 milhões de pessoas, segundo levantamento do Instituto Nacional de Estatísticas e Censos do país divulgado em agosto. 

A pesquisa, que abrange 31 aglomerados urbanos da Argentina, aponta que mais da metade da população está em situação de pobreza, cenário que abrange 4,3 milhões de famílias — 42,5% do total do país.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.