Grande apagão atinge República Tcheca e interrompe serviços de transporte
Polícia tcheca informou no X, antigo Twitter, que não havia 'nenhuma informação sugerindo que se tratasse de um ataque cibernético/terrorista'

A República Tcheca ficou no escuro nesta sexta-feira, 4, após um apagão atingir “grande parte” do país europeu. A suspensão do serviço foi resultado da queda de linha de energia, informou a operadora da rede elétrica CEPS. As linhas de trem em cinco dos 14 distritos tchecos foram interrompidas, enquanto a rede de metrô da capital, Praga, ficou temporariamente indisponível. As linhas A e C, no entanto, foram restauradas em apenas 15 minutos.
“No momento, podemos confirmar que há uma queda de energia em nossa rede elétrica”, disse Hana Klimova, porta-voz da operadora de rede CEPS, à agência de notícias francesa AFP. “A interrupção afetou grande parte da República Tcheca.”
A polícia tcheca informou no X, antigo Twitter, que não havia “nenhuma informação sugerindo que se tratasse de um ataque cibernético/terrorista”. A E.ON, que opera a rede elétrica no sul do país, disse que não foi afetada. A Polônia, vizinha da República Tcheca, também não registrou quaisquer intercorrências.
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Onda de calor na Europa
O apagão de sexta-feira ocorre enquanto onda de calor atinge a Europa, sendo responsável por oito mortes. O fenômeno é associado a sistemas de alta pressão, que empurram um ar quente para baixo. Em meio às altas temperaturas, a eletricidade é essencial para o funcionamento de ventiladores ou outros sistemas de refrigeração.
A situação só não é ainda mais grave na República Tcheca em razão de uma queda de temperatura. Em Praga, os termômetros marcaram 25°C nesta sexta-feira, abaixo dos 34°C registrados na véspera.
O verão escaldante é associado a sistemas de alta pressão, que empurram um ar quente para baixo. Trata-se de uma confusão atmosférica agravada pelas mudanças climáticas. Tanto na Espanha quanto em Portugal, o mês passado foi considerado o junho mais quente da história, enquanto na França foi o segundo mais quente desde o início dos registros, em 1900.
Um incêndio florestal que consome a ilha de Creta, na Grécia, queimou florestas e olivais nesta quinta-feira, 3, forçando mais de 1.000 pessoas a deixarem suas casas em meio a alertas de retirada emitidos pelas autoridades locais. O sudeste de Creta viu um êxodo de cerca de 5 mil turistas, disse George Tzarakis, chefe de hotelaria da região, à agência de notícias Reuters, expressando preocupação com o impacto nas reservas futuras. O turismo é uma importante fonte de renda para a popular ilha turística.