Namorados: Assine Digital Completo por 1,99

Governo Trump pede que juiz arquive ação que restringe medicamentos para aborto

Departamento de Justiça dos EUA justifica invalidez do processo com motivo técnico; Idaho, Kansas e Missouri buscam limitar acesso à mifepristona em todo o país

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 6 Maio 2025, 09h45

O governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, solicitou na segunda-feira 5 que um juiz arquive uma ação que busca cortar em todo o país o acesso ao medicamento para aborto chamado mifepristona, movida por três estados americanos governados por republicanos.

Dessa forma, o Departamento de Justiça de Trump seguiu os passos da administração anterior, de Joe Biden, embora não tenha feito juízo de valor sobre o medicamento, método de aborto mais comum no país. Em vez disso, o governo argumentou que os estados não têm o direito legal, ou legitimidade, para mover o processo.

“Os estados são livres para prosseguir com suas reivindicações em um distrito onde o foro for o adequado, mas as reivindicações dos estados perante este tribunal devem ser rejeitadas ou transferidas de acordo com a ordem obrigatória do estatuto do foro”, escreveram advogados do governo federal.

Questões de foro

A ação movida por Idaho, Kansas e Missouri argumenta que a FDA, agência reguladora de medicamentos nos Estados Unidos, deveria reverter o acesso à mifepristona, uma vez que isso prejudicava suas leis estatais sobre aborto. A queixa foi aberta depois que a Suprema Corte decidiu em favor de manter o remédio em circulação regular no ano passado. Os três estados querem que a FDA proíba as prescrições de mifepristona por telemedicina, exija três consultas presenciais para a obtenção da droga e restrinja o momento da gravidez em que ela pode ser administrada.

O caso está sendo analisado no Texas pelo juiz distrital Matthew Kacsmaryk, que foi indicado por Trump e já havia deliberado anteriormente a favor da suspensão da aprovação do medicamento, em resposta a um outra ação movida por grupos antiaborto. Essa decisão foi rejeitada pela Suprema Corte, que considerou que os autores não tinham o direito legal de processar. Agora, o Departamento de Justiça considerou que Idaho, Kansas e Missouri não podem simplesmente se aproveitar da ação judicial anterior como forma de manter o caso no Texas.

Continua após a publicidade

Nada impede os estados de entrarem com a ação em outro local, escreveu Daniel Schwei, advogado do governo, mas o foro precisa ter alguma conexão com as alegações feitas. Além disso, segundo ele, o processo contesta ações tomadas pela FDA em 2016, quando flexibilizou as restrições à mifeprostona, o que ultrapassa o prazo limite de seis anos para abrir uma queixa.

Restrições ao aborto

Em Idaho, o aborto é totalmente proibido. O Missouri tinha uma proibição rigorosa, mas as clínicas voltaram a oferecer o procedimento recentemente, depois de uma nova emenda constitucional sobre direitos reprodutivos aprovada em referendo. A interrupção da gravidez é legal até 22 semanas na maioria dos casos no Kansas, onde eleitores rejeitaram uma medida antiaborto em 2022, embora o estado tenha alguns limites em relação à idade da mãe.

Em dezembro, Trump declarou à revista americana Time que não restringiria o acesso a medicamentos para aborto. Durante a campanha eleitoral, o republicano defendeu que cabe aos estados legislar sobre o procedimento e enfatizou que nomeou juízes para a Suprema Corte que foram responsáveis por derrubar o direito nacional ao aborto em 2022.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai a partir de R$ 7,48)
A partir de 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.