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Governo Trump autoriza imigração a prender pessoas em operações em igrejas e escolas

Mudança marca afastamento de política de longa data para evitar operações nas chamadas "áreas sensíveis"

Por Da Redação
Atualizado em 21 jan 2025, 18h16 - Publicado em 21 jan 2025, 18h12

Em um afastamento de uma política de longa data para evitar operações nas chamadas “áreas sensíveis”, autoridades federais da imigração dos Estados Unidos terão permissão para prender pessoas e realizar ações em locais como igrejas e escolas, de acordo com novas diretrizes anunciadas pelo secretário interino de Segurança Interna, Benjamine Huffman, nesta terça-feira, 21.

“Criminosos não poderão mais se esconder nas escolas e igrejas da América para evitar a prisão. O governo Trump não amarrará as mãos de nossa corajosa polícia e, em vez disso, confia que eles usarão o bom senso”, afirmou a agência em comunicado.

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A agência aduaneira e de imigração dos EUA, conhecida como ICE, estabeleceu uma política em 2011 que impedia agentes de prender pessoas em locais sensíveis. Defensores argumentam que fim da política pode gerar medo em comunidades imigrantes e fazem com que crianças deixem de ir à escola e muitos imigrantes deixem de ir à igreja ou hospitais.

A mudança se junta a uma enxurrada de medidas apresentadas pelo governo nos primeiros dias de Donald Trump de volta à Casa Branca. O objetivo do republicano é repaginar toda a segurança fronteiriça e promover a maior deportação em massa da história americana — dados de 2022 mostram que há 11 milhões de imigrantes em situação irregular no país, em maioria latinos.

“Toda entrada ilegal será imediatamente interrompida e se iniciará um processo de devolução de milhões e milhões de imigrantes criminosos aos lugares de onde vieram”, disse o presidente. Nos quatro anos que ficou no poder, o primeiro governo Trump deportou 1,5 milhão de imigrantes. Agora, na versão 2.0, Trump quer deportar até 1 milhão de imigrantes por ano, gerando medo e preocupação entre brasileiros irregulares no país, que temem ter o “sonho americano” afetado, como mostra reportagem de VEJA.

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Desafios judiciais

Na segunda-feira, 20, poucas horas depois de ser empossado, o republicano reforçou o objetivo de revogar a cidadania por nascimento para crianças nascidas em solo americano de mães que estão no país de forma irregular ou temporária e cujos pais não são cidadãos ou residentes permanentes. A medida já é alvo de processos de estados americanos e grupos de defesa do direitos civis.

A União Americana pelas Liberdades Civis e outras organizações já protocolaram o primeiro processo em Concord, New Hampshire, poucas horas após a posse de Trump. Outro processo foi registrado em Boston, Massachusetts, por volta da meia-noite, envolvendo uma futura mãe, que está no país com status de proteção temporária, e organizações de imigrantes.

Ambas as ações judiciais, apresentadas em tribunais federais desses estados, argumentam que o decreto violou o direito que prevê que qualquer pessoa nascida nos Estados Unidos seja considerada cidadã. A expectativa é que mais processos sejam apresentados em estados liderados por governadores democratas, como Califórnia e Connecticut. Até o momento, a Casa Branca não se manifestou sobre o assunto.

Horas depois, 18 estados americanos, mais o Distrito de Colúmbia e a cidade de San Francisco, entraram com ações alegando que o decreto de Trump é inconstitucional. As queixas citam ainda uma decisão da Suprema Corte dos EUA de 1898, que determinou que crianças nascidas de pais não cidadãos têm direito à cidadania americana.

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