Dia das Mães: Assine por apenas 5,99/mês

Governo Milei avança com privatização de mais de 9.000 km de estradas na Argentina

Decisão foi baseada em dados que mostravam que 45% da rota operada pela Corredores Viales 'estava em estado crítico', segundo porta-voz presidencial

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 14 fev 2025, 17h11

O governo da Argentina decidiu prosseguir com a privatização de mais de 9.000 quilômetros de estradas ao dar sinal positivo para o processo de privatização da empresa Corredores Viales SA, responsável por gerir a  infraestrutura e tráfego de estradas e rodovias, anunciou o porta-voz presidencial argentino, Manuel Adorni, nesta sexta-feira, 14. A empresa passará a aceitar a participação de capital privado, que ficará encarregado de realizar as obras necessárias nas vias, com o benefício de receber a receita do pedágio.

“Os pedágios estavam aumentando enquanto as estradas estavam caindo aos pedaços”, disse Adorni. “Este modelo promoverá o desenvolvimento de projetos de infraestrutura por meio da participação do setor privado , que será responsável por executar as obras e procedimentos necessários por sua conta e risco, em troca do direito de exigir o pagamento de pedágio dos usuários.”

Trata-se de um novo capítulo dos planos do presidente argentino, Javier Milei, de avançar com a privatização pelo país. Adorni afirmou que a decisão foi baseada a partir de dados que mostravam que 45% da rota operada pela Corredores Viales “estava em estado crítico”, que atrasos tarifários “eram de 45% em relação à tarifa técnica” e que os contratos de obras estavam pausados.

O desempenho da empresa em 2023 também entrou em questão, com Adorni revelando a existência de uma dívida com fornecedores de 142 bilhões de pesos (cerca de R$ 766 milhões) e perdas acumuladas de US$ 268 bilhões (R$ 1,5 trilhões).

+ Governo Milei classifica grupo indígena como terrorista após incêndios na Patagônia

Continua após a publicidade

O porta-voz também explicou que a Agência de Transformação de Empresas Públicas, vinculada ao Ministério da Economia, estará por trás de uma série de medidas para colocar o projeto em prática, como a rescisão dos atuais contratos de concessão de 10 trechos da Corredores Viales e a futura eliminação da empresa. Ardoni argumentou que, assim, “o setor privado encontrará melhores mecanismos para terceirizar obras, sem as restrições impostas pela lei de obras públicas.”

Mais de nove mil quilômetros estão em jogo, incluindo trechos das rodovias 3, 5, 7, 8 e 9 da Argentina. A notícia gerou receio entre funcionários do setor. O secretário-geral do Sindicato Nacional dos Trabalhadores Rodoviários, Fabián Catanzaro, alertou ao jornal argentino Ámbito Financiero que “isso já foi vivido” nos anos 1990 e que, na época, “uma força de trabalho de 8.000 trabalhadores, depois das concessões, havia uma força de trabalho de 3.000”, acrescentando que o sindicato está “em alerta e mobilizado”.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 5,99/mês
DIA DAS MÃES

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a R$ 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.