Governador do Pará dá detalhes sobre como será COP30, em Belém
Em evento às vésperas da cúpula dos líderes do G20, Helder Barbalho afirmou que encontro climático quer deixar legado para moradores da cidade
O governador do Pará, Helder Barbalho, deu detalhes neste domingo, 17, sobre como será a COP30, reunião das Nações Unidas sobre mudança climática, marcada para 2025, em Belém. Em evento às vésperas da cúpula dos líderes do G20, ele afirmou que o encontro climático buscará deixar um legado para os moradores da cidade, bem como para a história brasileira na realização de grandes eventos.
Barbalho participou de um painel do Global Citizen Now, no Rio de Janeiro, sobre a contagem regressiva para a COP30. A mesa também contou com a participação da ministra dos Povos Indígenas, Sonia Guajajara; a presidente do Banco do Brasil, Tarciana Medeiros; o embaixador secretário de Clima, Energia e Meio Ambiente do Itamaraty, André Corrêa do Lago; e o secretário nacional de Futebol e Defesa dos Direitos do Torcedor, Athirson Mazzoli e Oliveira.
O governador disse que outras edições da COP foram realizadas em grandes metrópoles, como Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, em 2023, e Baku, ainda em curso no Azerbaijão. A escolha de Belém, portanto, seria uma mudança de paradigma: uma cidade mergulhada na Floresta Amazônica. Ele apontou, então, que a ida a Belém será marcada pelo desejo de um debate sério e por conhecer, de fato, a biodiversidade local.
Durante a conferência em Baku, o governo federal mandou o ministro do Turismo, Celso Sabino, com a missão de apresentar a capital paraense aos cerca de 50.000 participantes do evento, com palestras sobre turismo sustentável, com muito destaque para a Amazônia e possíveis investimentos.
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Além disso, Barbalho destacou o investimento massivo na infraestrutura na cidade para os belenenses, como melhorias no transporte coletivo, incluindo a implementação de 600 ônibus elétricos, e no saneamento básico. O governador também tratou sobre projetos de macrodrenagem, construções de parques urbanos e a adaptação de 17 escolas, de forma a proporcionar “empoderamento e orgulho para quem vive em Belém”.
O político de 45 anos revelou, ainda, que navios cruzeiros funcionarão como alternativas para a hospedagem daqueles que participarão do encontro, uma das principais preocupações entre delegações estrangeiras, visto que a rede hoteleira da cidade pode não estar preparada para um fluxo tão grande de turistas, sobretudo do alto escalão. Números recordes de imóveis cadastrados para alugar já foram registrados em plataformas como Airbnb. Há, ainda, a construção de hotéis “de alta qualidade” e de vilas de líderes, que serão utilizadas pelos chefes de Estado que visitarão o mapa brasileiro para a COP.