Relâmpago: Assine Digital Completo por 1,99

Google demite 28 funcionários que protestaram contra acordo com Israel

Manifestações convocadas pela organização No Tech For Apartheid pediam o fim do contrato de US$ 1,2 bilhão entre a empresa e o governo israelense

Por Da Redação
Atualizado em 8 Maio 2024, 13h10 - Publicado em 18 abr 2024, 14h40

O Google anunciou nesta quinta-feira, 18, que demitiu 28 funcionários que haviam protestado contra um contrato entre a empresa e o governo de Israel na terça-feira.

Os protestos foram organizados pelo grupo No Tech For Apartheid, que defende a criação de um Estado da Palestina e pede que Google e a Amazon encerrem o contrato de US$ 1,2 bilhão, conhecido como Projeto Nimbus, para fornecer serviços de computação em nuvem ao governo israelense.

Os funcionários foram demitidos por realizarem manifestações dentro dos escritórios do Google em Nova York e Sunnyvale, erguendo cartazes com as frases “Não ao genocídio com fins lucrativos” e “Nós estamos com os Googlers palestinos, árabes e muçulmanos”. O grupo fez uma postagem no X, antigo Twitter, mostrando que também invadiu o escritório do CEO do Google Cloud, Thomas Kurian.

“Este flagrante ato de retaliação é uma indicação clara de que o Google valoriza seu contrato de US$ 1,2 bilhão com o governo e as forças armadas genocidas de Israel mais do que seus próprios funcionários”, disse a No Tech For Apartheid sobre as demissões.

Pronunciamento do Google

Um porta-voz do Google afirmou que os protestos “faziam parte de uma campanha de longa data de um grupo de organizações e pessoas que em grande parte não trabalham” na empresa.

Continua após a publicidade

“Um pequeno número de funcionários manifestantes invadiu alguns de nossos escritórios. Impedir fisicamente o trabalho de outros funcionários e impedi-los de acessar nossas instalações é uma clara violação de nossas políticas e um comportamento completamente inaceitável”, disse o porta-voz.

Segundo ele, os manifestantes foram retirados dos escritórios depois de se recusarem a deixar as instalações, e a empresa continua investigando o caso. O Google Cloud “apoia vários governos em todo o mundo, incluindo o governo israelense”, afirmou o porta-voz.

Contrato com Israel

Apesar do Google Cloud ter um acordo com Israel desde 2021 para fornecer “serviços de nuvem pública para ajudar a enfrentar os desafios do país no setor público, incluindo saúde, transporte e educação”, os protestos contra a empresa foram desencadeados pela publicação de uma reportagem na revista Time no início deste mês, em que o Ministério da Defesa do país foi apontado como cliente desse setor da empresa.

Continua após a publicidade

De acordo com a Time, o Google forneceu ao ministério israelense um ponto de entrada seguro para a infraestrutura de computação da empresa, com acesso a serviços de inteligência artificial e processamento de dados. 

“Este trabalho não é direcionado a cargas de trabalho sensíveis ou militares relacionadas com armas ou serviços de inteligência”, enfatizou o porta-voz.

No entanto, a organização No Tech For Apartheid alega que o relatório da Time mostrou que o contrato com os militares de Israel dobrou desde o início da guerra contra o Hamas em Gaza, e que o Google construiu  “ferramentas personalizadas” para o Ministério da Defesa de Israel.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

ECONOMIZE ATÉ 88% OFF

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.