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Genro de Boris Yeltsin renuncia como conselheiro de Putin, diz Kremlin

Saída de Valentin Yumashev do governo corta uma das últimas ligações de Putin ao governo de Yeltsin, marcado pela abertura da Rússia para o Ocidente

Por Da Redação
Atualizado em 2 jun 2022, 12h59 - Publicado em 2 jun 2022, 09h12

O Kremlin informou nesta quinta-feira, 2, que Valentin Yumashev, genro do ex-líder russo Boris Yeltsin, renunciou ao seu cargo de conselheiro do presidente Vladimir Putin.

“Posso confirmar que há cerca de um mês ele deixou de ser conselheiro voluntariamente”, disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov.

Embora Yumashev tivesse influência limitada na tomada de decisões do Kremlin, sua saída corta uma das últimas ligações do governo de Putin ao governo de Yeltsin, que foi marcado por um período de reformas liberais e abertura da Rússia para o Ocidente. Enquanto isso, a invasão do atual líder russo à Ucrânia tem sido vista como uma agressão direta aos países ocidentais.

Em março, Anatoly Chubais, outra figura sênior da era Yeltsin, deixou o cargo de enviado especial do Kremlin. Este mês, um diplomata da missão da Rússia nas Nações Unidas renunciou por causa da guerra.

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A renúncia de Yumashev foi primeiro reportada pela agência de notícias Reuters. Lyudmila Telen, primeira vice-diretora executiva da fundação Boris Yeltsin Presidential Center, onde Yumashev é membro do conselho de administração, disse à agência que Yumashev havia desistido de seu papel de conselheiro do Kremlin em abril por “iniciativa dele”.

Sob Yeltsin, que foi presidente russo de 1991 a 1999, Yumashev serviu como conselheiro do Kremlin e mais tarde como chefe de gabinete. Ele é casado com a filha de Yeltsin, Tatyana.

Yumashev dirigia a administração presidencial em 1997, quando Putin, um ex-espião da KGB que havia recebido um cargo administrativo de nível médio no Kremlin um ano antes, foi promovido a vice-chefe de gabinete.

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A promoção foi um trampolim para Putin tornar-se o herdeiro aparente de Yeltsin e vencer a eleição presidencial em 2000, depois que seu antecessor deixou o cargo.

Embora as políticas de Putin ao longo dos anos tenham divergido dos valores que Yeltsin defendia, o líder russo manteve seus laços com a sua família. Em janeiro de 2020, segundo o site do Kremlin, Putin visitou a filha de Yeltsin, Tatyana, em sua casa para parabenizá-la pelo aniversário.

A família estendida, no entanto, parece apresentar indícios de relutância à amizade. Maria, filha de Yumashev e Tatyana, postou em sua conta do Instagram em 24 de fevereiro uma imagem da bandeira ucraniana, junto com as palavras “Não à guerra” e um emoji de coração partido.

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