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Gaza enfrenta ‘seca provocada pelo homem’ e crianças morrerão de sede, alerta Unicef

Porta-voz da agência informou que 'apenas 40% das instalações de produção de água potável permanecem funcionais' no enclave

Por Paula Freitas Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 20 jun 2025, 13h42 - Publicado em 20 jun 2025, 12h29

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) alertou nesta sexta-feira, 20, que a Faixa de Gaza enfrenta uma seca devido ao colapso progressivo dos seus sistemas hídricos. Em Genebra, o porta-voz da agência, James Elder, informou que “apenas 40% das instalações de produção de água potável permanecem funcionais em Gaza”.

“Desde que toda a eletricidade para Gaza foi cortada após os terríveis ataques de 7 de outubro de 2023, o combustível se tornou essencial para produzir, tratar e distribuir água para mais de dois milhões de palestinos”, disse ele.

“Se o atual bloqueio de mais de 100 dias ao combustível que entra em Gaza não terminar, as crianças começarão a morrer de sede. As doenças já estão avançando, e o caos está apertando seu controle”, acrescentou.

Elder destacou que “Gaza está enfrentando o que equivaleria a uma seca provocada pelo homem”. Na véspera, a Unicef também revelou que houve um aumento de 50% em casos de crianças de 6 meses a 5 anos admitidas com desnutrição aguda entre abril e maio. 

“No entanto, como isso é feito pelo homem, pode ser interrompido. Nenhum desses problemas é logístico ou técnico. Eles são políticos. A negação se tornou política”, frisou.

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“Se houver vontade política, a crise hídrica será aliviada da noite para o dia – combustível significaria que a água flui de centenas de poços de água subterrânea e restaura o abastecimento dentro de um dia. Mas o tempo está se esgotando”, concluiu o porta-voz.

Fome e insegurança alimentar

A população da Faixa de Gaza, composta por 2,3 milhões de pessoas antes da guerra, está em “risco crítico” de fome e enfrenta “níveis extremos de insegurança alimentar”, apontou um relatório da Classificação Integrada de Fases de Segurança Alimentar (IPC), apoiada por agências das Nações Unidas, grupos de ajuda e governos.

O documento indicou que o cessar-fogo, que durou de janeiro a março, “levou a um alívio temporário” em Gaza, mas as novas hostilidades israelenses “reverteram” as melhorias. Cerca de 1,95 milhão de pessoas, ou 93% da população de Gaza, vivem níveis de insegurança alimentar aguda. Desse número, mais de 244 mil enfrentam graus “catastróficos”. A fome generalizada, segundo a pesquisa, é “cada vez mais provável” no território. No momento, meio milhão de palestinos, um em cada cinco, estão famintos em Gaza.

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