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Futuro da Síria é uma questão a ser determinada pelos sírios, diz chefe da ONU

Rebeldes tomaram capital neste domingo e presidente Bashar al-Assad deixou país

Por Da Redação
8 dez 2024, 15h33

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou neste domingo, 8, que o futuro da Síria é uma questão a ser determinada pelos sírios e que a organização “trabalhará com eles para esse fim” através de um representante especial. A fala se dá poucas horas depois de rebeldes tomarem a capital, Damasco, sem encontrar resistência das forças de segurança, e o presidente Bashar al-Assad deixar o país e dar ordens para uma transição de poder.

“Há muito trabalho a ser feito para garantir uma transição política ordenada para instituições renovadas. Reitero meu apelo por calma e para evitar violência neste momento delicado, ao mesmo tempo em que insto a proteção dos direitos de todos os sírios”, disse Guterres.

O enviado especial da ONU para a Síria, Geir Pedersen, pediu negociações urgentes para garantir uma “transição política ordenada”. A jornalistas, ele afirmou que o objetivo deveria ser a implementação da Resolução 2254 da ONU, adotada em 2015 e que exige um processo político liderado pelos sírios, começando com a formação de um órgão governamental de transição, seguido pela redação de uma nova Constituição e, por fim, eleições supervisionadas pela ONU.

Depois de tomar Damasco, os rebeldes afirmaram que continuam trabalhando para finalizar a transferência de poder na Síria para um governo de transição com plenos poderes executivos. O primeiro-ministro sírio, Mohammed Ghazi Jalali, disse que o governo está pronto para “estender a mão” à oposição e entregar suas funções a um governo de transição.

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O líder do grupo jihadista Hayet Tahrir al-Sham (HTS), Abu Mohammed al-Jawlani, que dirige a coalizão rebelde, pediu a seus combatente que não se aproximem das instituições públicas, assegurando que permanecem sob a autoridade do primeiro-ministro até a “transferência oficial” de poder.

Desde o último sábado, os rebeldes têm avançado por cidades estratégicas do país. O exército sírio, que tentou conter os radicais e recebeu ajuda da Rússia e do Irã, abandonou a cidade de Homs, a 160 quilômetros da capital, que foi tomada na manhã de sábado. Membros do exército teriam deixado o local de helicóptero.

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A queda de Assad marca o fim de uma dinastia de mais de 50 anos. No poder desde 2000, o líder comandou com repressão o país depois de herdar a cadeira do pai, Hafez al-Assad, também presidente por mais de 30 anos. 

A guerra civil síria começou há 13 anos, durante a Primavera Árabe, e se transformou em um conflito sangrento e multifacetado envolvendo grupos de oposição domésticos, facções extremistas e potências internacionais, incluindo os Estados Unidos, o Irã e a Rússia. Mais de 500.000 sírios morreram, e milhões fugiram de suas casas.

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