Furacão Eta atinge a Flórida pela segunda vez e causa inundações
Tempestade perdeu a força nos últimos dias, mas não antes de deixar um rastro de destruição pelo Caribe

Após ter deixado um rastro de destruição pelo Caribe, o furacão Eta tocou pela segunda vez o solo da Flórida nesta quinta-feira, 12, deixando milhares de pessoas sem luz elétrica e provocando alagamentos.
Segundo o Centro Nacional de Furações (NHC), a tempestade chegou à cidade Cedar Key às 4h00 da manhã com ventos de até 85 km/h. É esperado que a tempestade perca mais força à medida que avança pelo estado.
Até o momento, mais de 30.000 pessoas estão sem energia elétrica, enquanto diversas ruas e praias estão debaixo da àgua.
Na quarta-feira 11, o governador da Flórida Ron DeSantis disse que a Agência Federal de Emergências aprovou uma “declaração de emergência” antecipada para ajudar a mobilizar a ajuda federal o mais rápido possível na áreas afetadas pela tempestade. “Esta vem sendo uma tempestade maluca de se assistir”, disse DeSantis.
Eta foi classificado como tempestade tropical no dia 31 de outubro e se tornou um furacão de categoria 4 quando alcançou a Nicarágua no dia 4 de novembro, matando ao menos três pessoas. No dia 9, o furacão atingiu o sul da Flórida pela primeira vez, causando enchentes. Na quarta, o NHC disse que o Eta havia perdido força e se tornado uma tempestade tropical, com ventos de menos de 120 km/h.
Terra arrasada
A passagem do furacão Eta pela Guatemala deixou 46 mortos, 96 desaparecidos e quase 700.000 pessoas desabrigadas ou em situação de vulnerabilidade. O Parlamento, por sua vez, declarou estado de emergência em 10 dos 22 departamentos do país, e o Ministério das Relações Exteriores publicou um apelo à comunidade internacional em busca de ajuda humanitária para o país.
“A capacidade de resposta nacional foi superada”, informou, em nota, Oscar Cossio, secretário-executivo da Coordenadoria de Redução de Desastres (Conred).
O Ministério das Relações Exteriores encaminhou a convocação ao corpo diplomático, organismos internacionais e agências de cooperação internacional credenciadas na Guatemala e por meio de missões diplomáticas no exterior, detalhou a Conred.
“O objetivo desta ação é coordenar de forma ágil e oportuna, por meio da administração ordenada, otimização e prestação de contas da ajuda humanitária internacional e da assistência necessária para atender às necessidades da população afetada”, acrescentou a agência.
De acordo com o último balanço oficial, mais de 24.000 casas sofreram danos leves a graves, há 18 pontes destruídas e 22 afetadas, 11 estradas destruídas e 133 afetadas. Também há 238 escolas prejudicadas, além dos danos causados a 31.520 hectares destinados à agricultura.
Na terça-feira, os primeiros socorros e militares da Guatemala suspenderam as buscas por pessoas desaparecidas em uma comunidade indígena no norte, onde cerca de 150 casas foram soterradas por um deslizamento de terra. Apenas oito corpos foram recuperados, enquanto 92 pessoas continuam desaparecidas.