Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br
Semana do Professor: Assine VEJA por 9,90/mês

França pode ter novo premiê em até 48 horas, diz primeiro-ministro cessante

Após renúncia, Sébastien Lecornu tenta costurar acordo para evitar dissolução do Parlamento e fragilização do governo Macron

Por Júlia Sofia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 8 out 2025, 16h52

O primeiro-ministro cessante da França, Sébastien Lecornu, afirmou nesta quarta-feira, 8, que o país pode ter um novo chefe de governo já nas próximas 48 horas. Em entrevista à TV pública France 2, ele disse ter informado ao presidente Emmanuel Macron que a perspectiva de dissolver a Assembleia Nacional está “mais distante” após identificar maior disposição dos partidos para negociar.

“Eu disse ao presidente da República que as perspectivas de dissolução estavam diminuindo e que acredito que a situação permite que o presidente nomeie um primeiro-ministro nas próximas 48 horas”, afirmou Lecornu.

+ Após renúncia, premiê francês luta contra o tempo para evitar eleição que lesaria Macron

O premiê de mandato mais curto da Quinta República Francesa, estabelecida em 1958, renunciou na segunda-feira 6, apenas 14 horas após anunciar seu gabinete, e 27 dias depois de substituir seu antecessor, François Bayrou. A crise expõe a fragilidade do governo Macron, que já perdeu quatro primeiros-ministros em pouco mais de um ano.

Tentativas de acordo

Desde terça-feira, Lecornu abriu negociações com diferentes siglas, em especial os socialistas, que sinalizaram abertura para apoiar medidas pontuais, mas rejeitaram integrar formalmente um governo com os aliados de Macron. A centro-direita, por sua vez, deixou em aberto a possibilidade de compor um gabinete “de plataforma comum” (socle commun), mas resiste a qualquer coalizão com a esquerda.

O maior obstáculo do impasse político francês continua sendo a aprovação do orçamento de 2026, que prevê cortes de gastos para reduzir o déficit público — hoje em 168,6 bilhões de euros, o dobro do limite estabelecido pela União Europeia. A proposta encontrou rejeição tanto da extrema-direita, liderada por Marine Le Pen, do Reagrupamento Nacional, quanto da esquerda radical de Jean-Luc Mélenchon, do França Insubmissa, além de descontentar setores centristas que compõem a base de Macron.

Continua após a publicidade

Outro ponto de tensão é a reforma da Previdência, aprovada em 2023, que elevou a idade mínima de aposentadoria de 62 para 64 anos e segue extremamente impopular, a suspensão da medida, no entanto, custaria bilhões de euros aos cofres públicos em um momento de ajuste fiscal.

Sem maioria no Parlamento, dividido em três blocos que não se suportam, Macron pode ser pressionado a convocar novas eleições legislativas para renovar a Assembleia Nacional, na esperança de que a reconfiguração interrompa os impasses. Pesquisas apontam crescimento do Reagrupamento Nacional, de Le Pen, mas não o suficiente para que os radicais obtenham maioria absoluta, o que significa um resultado semelhante à atual fragmentação.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

A notícia em tempo real na palma da sua mão!
Chega de esperar! Informação quente, direto da fonte, onde você estiver.
De: R$ 16,90/mês Apenas R$ 1,99/mês
ECONOMIZE ATÉ 41% OFF

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 8,25)
De: R$ 55,90/mês
A partir de R$ 32,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$1,99/mês.