França pede trégua ‘imediata e duradoura’ na Faixa de Gaza
Em visita a Israel, ministra dos Negócios Estrangeiros, Catherine Colonna, apelou por paz após morte por engano de reféns do Hamas

Os ministros de negócios estrangeiros de Israel e França, respectivamente, Eli Cohen e Catherine Colonna, se reuniram nesse domingo, 17. Após o encontro, a ministra francesa alegou que o país europeu está preocupado com a situação de Gaza e pediu “uma nova trégua humanitária imediata e duradoura”. Cohen considera o cessar-fogo um erro, qualificando a medida como um “presente para o Hamas”.
Em sua quarta visita ao país desde o início do conflito, Colonna afirmou que muitos civis estão morrendo e apela a uma trégua pela liberação dos reféns e pela passagem de ajuda humanitária. Essa é parte de uma viagem da ministra pelo oriente médio, onde também deverá visitar Líbano e Cisjordânia.
O pedido foi feito em um momento de escalada contínua do conflito. Um bombardeio israelense na cidade de Deir al Balah, neste domingo, deixou pelo menos doze mortos e, no sábado, três reféns israelenses do Hamas foram mortos por engano pelo Exercito de Israel.
A comunidade internacional teme por uma escalada regional do conflito, em especial no Líbano, onde o Hezbollah, apoiador do Hamas, tem chamado atenção. Para que isso seja evitado, o ministro israelense afirmou que a França desempenhará um papel “positivo e significativo.”
Visita diplomática
Além de se reunir com o seu homólogo israelense, a ministra Colonna se encontrará com familiares de reféns franceses desaparecidos durante o ataque de 7 de outubro e deverá pedir explicações sobre um bombardeio, na última quarta-feira, 13, em Rafah. O ataque no sul da faixa de Gaza feriu gravemente um colaborador do Ministério das Relações Exteriores francês, que morreu no último sábado. Sua identidade não foi revelada.
Na visita, a ministra de Negócios Estrangeiros francesa também falou sobre os ataques recentes de rebeldes huthis iemenitas no Mar Vermelho. O grupo, que é próximo ao Hamas, agiu contra navios comerciais em retaliação a ofensiva israelense. De acordo com ela, esse evento não pode ficar sem respostas e o país planeja opções defensivas com seus parceiros.
Números do conflito
Segundo o Hamas, 18 mil pessoas já foram mortas pelo conflito. A guerra teve início com um ataque sem precedentes do Hamas em solo israelense, que deixou 1.140 mortos. Desde lá, Israel prometeu aniquilar o grupo e, para isso, bombardeia continuamento o território palestiniano.