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Forças de Israel cercam hospital em Gaza e detêm mais de 150 pacientes e funcionários

Detenções ocorrem um dia depois de tanques bombardearem uma das poucas instalações médicas em funcionamento no norte de Gaza

Por Da Redação
25 out 2024, 11h52

Soldados do Exército de Israel detiveram mais de 150 pacientes e funcionários do hospital Kamal Adwan, em Jabalia, no norte de Gaza, após cercarem a unidade de saúde na manhã desta sexta-feira, 25. Durante a operação, os militares ordenaram que os pacientes fossem para o pátio principal, onde muitos dos palestinos foram forçados a ficarem só com as roupas íntimas.

As detenções ocorrem um dia depois de tanques israelenses bombardearem o complexo do hospital, uma das poucas instalações médicas em funcionamento no norte de Gaza. À emissora catari Al Jazeera, o diretor do hospital, Hussam Abu Safia, disse que a unidade de tratamento intensivo sofreu danos severos, alertando que o hospital poderia se tornar uma vala comum, já que um paciente estava morrendo a cada hora como resultado de ataques.

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O chefe da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Ghebreyesus, disse que “perdemos o contato com o pessoal” do hospital e chamou a invasão de “profundamente perturbadora”. Ele escreveu em um post na rede social X, antigo Twitter, que o hospital “está lotado com quase 200 pacientes – um fluxo constante de casos de traumas horríveis. Também está cheio de centenas de pessoas buscando abrigo”.

Imagens compartilhadas em grupos da extrema-direita israelense no Telegram mostram palestinos detidos depois de terem sido despidos. Yinon Magal, apresentado da emissora israelense Canal 14, comentou sobre uma foto de detentos, escrevendo: “Renda-se ou morra, Jabalia”.

Imagens também mostram danos extensos a prédios residenciais na região. Em pelo menos duas fotos, tanques israelenses aparecem ao longo da estrada por onde caminham civis palestinos deslocados à força.

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O Escritório de Direitos Humanos da ONU disse estar “cada vez mais preocupado com a maneira como os militares israelenses estão conduzindo as hostilidades” no norte de Gaza, também com a “interferência ilegal na assistência humanitária e ordens que estão levando ao deslocamento forçado”.

Ao todo, quase 43 mil pessoas foram mortos na Faixa de Gaza desde 7 de outubro de 2023. Ao menos 3,3 milhões de palestinos, 2,3 milhões deles em Gaza e 1,5 milhão deles crianças, precisam de assistência humanitária urgente, de acordo com o levantamento da PNUD.

Dados de setembro mostram que 625 mil alunos em Gaza estão sem estudar e 93% das escolas foram seriamente danificadas. Hospitais e outras infraestruturas essenciais também foram devastados. Menos da metade dos centros de assistência médica primária funcionam parcialmente, ao passo que 986 profissionais de saúde foram mortos em ataques israelenses.

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