Força armada síria contra-ataca invasão terrorista em Aleppo
Governo emite comunicado que trava “batalhas ferozes” para impedir avanço das tropas inimigas e retomar território
Neste sábado, 30, militares sírios responderam ao ataque terrorista armado a Aleppo. Depois da ofensiva dos últimos dias, metade da cidade, que é a maior do país, está sob o comando da organização jihadista Hayat Tahrir al-Sham e facções aliadas estrangeiras. Mas só agora as Forças Armadas emitiram um comunicado à população, informando a invasão e o contra-ataque. A nota informa que “travaram batalhas ferozes” ao longo de uma faixa de mais de 100 quilômetros para impedir o avanço dos terroristas, que também tomaram a cidade de Maarate Anumane na província de Idlib, no noroeste sírio. Há informações que os rebeldes tenham se instalado em pelo menos 50 localidades do país.
+ Rebeldes sírios tomam cidade de Aleppo, algo inédito desde cessar-fogo em 2020
Desde 2020, a fronteira da Síria com a Turquia não é atacada pela frente jihadista. Mas o governo afirmou que vai restabelecer a ordem no território, segundo a agência Reuters e o canal iraniano HispanTV. “Vamos defender nossas fronteiras, preservar as vidas dos civis e soldados, e contra-atacar”, informou as forças armadas. O regime de Bashar al-Assad, que controla a maior parte do país com o apoio da Rússia e do Irã, acusa os rebeldes de violar as zonas de desescalonamento, áreas onde as atividades militares são proibidas, estabelecidas em um acordo de 2019.
+ Bashar al-Assad realiza maior ofensiva contra rebeldes na Síria desde 2020
Qual a origem do grupo terrorista
A frente jihadista Hayat Tahrir al-Sham nasceu de um antigo braço da rede terrorista síria Al- Qaeda. É o grupo armado mais forte da região, que integra outros grupos chamado Frente Al-Nustra. Muitos de seus líderes respondem e defendem os valores conservadores e radicais do Al-Quaeda. O ataque teve início na última quarta-feira, de acordo com o Observatório Sírio dos Direitos Humanos.