FBI divulga imagens do suspeito de matar Charlie Kirk a tiros, ainda foragido
O ativista de extrema direita foi baleado no pescoço durante evento em universidade de Utah. Autoridades afirmam ter encontrado rifle de 'alta capacidade'
Em meio às buscas pelo atirador que matou o ativista de extrema direita Charlie Kirk, aliado próximo do presidente americano, Donald Trump, o FBI divulgou imagens do suspeito nesta quinta-feira, 11, depois de afirmar que os disparos foram feitos com um “rifle de alta capacidade” e que o agressor provavelmente tinha “idade universitária” e se misturou à multidão. Kirk, 31 anos, foi baleado no pescoço enquanto discursava em um evento conservador na Universidade do Vale de Utah na tarde de quarta-feira 10.
Nas imagens publicadas pelo FBI no X (ex-Twitter) após uma coletiva de imprensa em Salt Lake City, é possível ver um homem usando boné preto e óculos escuros. Ele veste calça jeans e uma camiseta preta com uma estampa que parece incluir uma bandeira americana. O FBI ofereceu uma recompensa de até US$ 100 mil por informações que levem à identificação e prisão do suspeito.
We are asking for the public’s help identifying this person of interest in connection with the fatal shooting of Charlie Kirk at Utah Valley University.
1-800-CALL-FBI
Digital media tips: https://t.co/K7maX81TjJ pic.twitter.com/ALuVkTXuDc— FBI Salt Lake City (@FBISaltLakeCity) September 11, 2025
Aliado próximo e amigo pessoal de Trump, Kirk foi atingido 20 minutos após iniciar seu discurso no evento organizado pela Turning Point USA, organização que ele cofundou e que faz eventos conservadores regularmente em campi por todo o país. Cerca de 1.000 pessoas estavam presentes, e a proposta era realizar uma espécie de debate com os estudantes.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra o ativista de 31 anos se dirigindo à multidão presente no campus antes de ser alvejado. Imediatamente após o tiro, ele foi visto tentando impedir que uma grande quantidade de sangue jorrasse de seu pescoço. Gritos foram ouvidos enquanto a multidão tentava fugir do local do evento. Outros vídeos postados online mostram a pessoa que parece ser o agressor correndo a toda velocidade pelo telhado de onde aparentemente fez os disparos.
Buscas pelo suspeito
Na coletiva de imprensa desta quinta-feira, Beau Mason, chefe de segurança pública de Utah, afirmou que os investigadores tinham “boas imagens de vídeo deste indivíduo”, em que o homem era “claramente” visível e “aparenta ter idade universitária”. Eles não descartaram a possibilidade de que ele fosse um estudante da universidade. No entanto, Mason havia dito que as imagens só viriam a público se não conseguissem identificar o suspeito, na esperança de que alguém pudesse fornecer informações sobre o paradeiro do fugitivo.
Robert Bohls, o agente especial encarregado do escritório do FBI em Salt Lake City, declarou que equipes estavam vasculhando a área ao redor da universidade, “batendo de porta em porta em vários bairros” para localizá-lo. Até o momento, quase 24 horas após o trágico evento, a operação não produziu resultados.
Segundo ele, a arma utilizada no crime, um rifle de caça calibre .30, modelo antigo, foi encontrada enrolada em uma toalha em uma área arborizada perto do campus. De acordo com o jornal americano The Wall Street Journal, junto ao fuzil estavam um cartucho usado e outro ainda na câmara, e que os investigadores acharam “munições gravadas com expressões de ideologia transgênero e antifascista”. No momento de sua morte, Kirk havia acabado de responder a uma pergunta de um estudante sobre tiroteios em massa perpetrados por pessoas trans.
As autoridades disseram ter 130 pistas fornecidas pela “comunidade”, cuja cooperação o FBI agradeceu. Além disso, segundo Bohls, as impressões digitais do suspeito foram registradas. A agência também confirmou ter mapeado os movimentos do suspeito desde o momento em que ele foi até o prédio de cujo telhado disparou (de uma distância de 180 metros de seu alvo) até que, após cometer o crime, fugiu do local.
Kirk, que foi retirado da cena por sua equipe de segurança e levado a um hospital próximo, morreu em poucos minutos.
Confusão inicial
Logo após o assassinato, a universidade anunciou que um suspeito foi preso. No entanto, a polícia em seguida negou as alegações das autoridades acadêmicas: alguém havia sido preso, sim, mas por “obstrução da justiça”, e rapidamente liberado. A confusão continuou quando, horas depois, o diretor do FBI, Kash Patel, disse no X que eles haviam encontrado o homem que procuravam.
“O sujeito do horrível tiroteio que tirou a vida de Charlie Kirk hoje está agora sob custódia. Agradecemos às autoridades locais e estaduais de Utah por sua cooperação com o FBI”, escreveu Patel. O constrangimento veio logo depois, com o anúncio de que o segundo suspeito preso também não era o assassino.
Uma vez encontrado, o agressor deve enfrentar a pena de morte em Utah, lembrou o governador do estado, o republicano Spencer Cox, em uma coletiva de imprensa na quarta-feira. Cox também descartou a possibilidade de outras pessoas estarem envolvidas no crime.
Se ele for julgado por um crime de terrorismo, estaria sujeito ao sistema de justiça criminal federal, e o Departamento de Justiça também poderia buscar uma sentença de morte. Dada a relação próxima entre Trump e Kirk e a raiva com que o presidente dos Estados Unidos recebeu a notícia, ninguém duvida que, se necessário, ele pedirá que a procuradora-geral Pam Bondi aplique toda a força da lei ao assassino.
Trump culpou a retórica da “esquerda radical” pelo assassinato de seu ferrenho apoiador, mas os investigadores em Utah não atribuíram nenhum possível motivo à ação.
As circunstâncias do ataque alimentam preocupações de que ele foi parte de uma escalada na violência política nos Estados Unidos, incluindo a morte de uma legisladora estadual de Minnesota em junho, o incêndio na casa do governador da Pensilvânia em abril, e o tiroteio em um comício de campanha de Donald Trump no ano passado.
Charlie Kirk era um dos mais proeminentes ativistas pró-Trump e personalidades da mídia conservadora nos Estados Unidos. Ao longo da última década, ele conquistou milhões de seguidores nas redes e teve papel central na mobilização de eleitores jovens em apoio a Trump, especialmente durante a última campanha presidencial. Embora não fizesse parte do governo, sua influência na Casa Branca era considerável. Desde a eleição de novembro, ele ajudou a avaliar possíveis indicados, testando sua lealdade ao presidente.
Seus eventos em campi universitários costumam atrair grandes multidões e chamar atenção da mídia. Sua aparição nesta quarta em Utah foi a primeira parada da turnê “American Comeback”, ou “retorno americano”, em tradução livre, organizada pela Turning Point USA.
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