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Farc obtiveram US$ 22,5 milhões com narcotráfico entre 1995 e 2014

O procurador-geral da Colômbia disse que a guerrilha participa de todas as fases de produção e distribuição de cocaína. Ele quer que responsáveis sejam julgados

Por Da Redação
10 jun 2016, 08h25

A guerrilha marxista das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) obteve 22,5 milhões de dólares (mais de 80 milhões de reais) com o narcotráfico entre 1995 e 2014, informou nesta quinta-feira a procuradoria. A Justiça colombiana chegou a essa cifra juntando provas contábeis e registros de computadores confiscados em diferentes operações ao longo dos anos, disse o procurador-geral Jorge Fernando Perdomo.

“Conseguimos estabelecer que as Farc têm seu próprio plano único de contas, assim como um sistema de contabilização de todos os seus ingressos, produto do narcotráfico”, informou Perdomo, que assegurou que a informação está documentada e provada. O dinheiro das Farc é uma incógnita no país e provoca um debate constante na reta final de um processo de paz com o governo de Juan Manuel Santos para acabar com mais de meio século de conflito armado.

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Perdomo assegurou que a guerrilha, surgida em 1964 de um levante camponês, participa de todas as fases de produção e distribuição de cocaína, tanto de forma direta quanto indireta: proporcionando segurança a camponeses de cultivos ilícitos a organizando marchas de agricultores contra a erradicação destas plantações. A procuradoria, que estabeleceu o narcotráfico como um dos “eixos de financiamento” das Farc, entregará seus informes aos “Juizados de Justiça Transitória” que entrarão em funcionamento após a assinatura final dos acordos de paz, que avançam em Havana desde novembro de 2012.

O governo colombiano, ao longo do processo de paz com as Farc, criou tribunais especiais para julgar os crimes das Farc. Está previsto que estes tribunais anistiarão os crimes menos graves e punirão só os responsáveis dos crimes contra a humanidade, como assassinatos e atentados terroristas. Neste contexto, o tráfico de drogas “pode ser considerado delito conexo a um delito político, pois o narcotráfico foi fundamental para a obtenção de recursos para financiar a luta armada”, esclareceu Perdomo.

O conflito armado colombiano, iniciado em 1964 como uma insurreição camponesa, confrontou guerrilhas de esquerda, paramilitares de direita e forças públicas e deixou mais de 260.000 mortos, 45.000 desaparecidos e 6,8 milhões de deslocados.

(Da redação)

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