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‘Falha geológica de megaimpacto’: entenda por que terremoto na Rússia reverberou pelo mundo

Tremor surgiu em ponto onde se chocam as placas tectônicas do Pacífico, mais densa, e Norte-Americana, mais leve

Por Amanda Péchy Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 jul 2025, 10h25

O terremoto de magnitude 8,8 que atingiu o extremo leste da Rússia nesta quarta-feira, 30, disparando alertas de tsunami da Indonésia e Havaí até o Chile, ocorreu no que é conhecida como uma “falha de megaimpacto”. Isso, somado ao fato de que o epicentro do tremor foi relativamente raso, fez com que o evento sísmico reverberasse em todo o Pacífico.

Uma falha geológica é uma fratura ou descontinuidade na crosta terrestre, ao longo da qual há deslocamento relativo das rochas. No caso da falha onde ocorreu o terremoto desta quarta, a Placa do Pacífico, mais densa, desliza por baixo da Placa Norte-Americana, mais leve. Se trata de um evento de “subducção”, em que uma placa empurra outra, capaz de gerar terremotos muito mais fortes do que “deslizamentos de impacto”, como o que atingiu Mianmar em março, quando as placas se chocam horizontalmente.

A Placa do Pacífico tem se movimentado mais, tornando a região da Península de Kamchatka, na costa do extremo leste russo, onde ocorreu o terremoto, especialmente vulnerável. Em novembro de 1952, a mesma área sofreu um evento de magnitude 9, que destruiu a cidade de Severo-Kurilsk e causou danos extensos até mesmo no Havaí.

“A zona sísmica de Kamchatka é uma das zonas de subducção mais ativas ao redor do Anel de Fogo do Pacífico, e a Placa do Pacífico está se movendo para oeste a cerca de 80 mm por ano”, disse à agência de notícias Reuters Roger Musson, pesquisador honorário do Serviço Geológico Britânico.

Riscos de tsunami

Além disso, eventos de “megaimpulso” que ocorrem próximo à superfície da terra têm maior probabilidade de causar tsunamis, pois rompem o fundo do mar e deslocam enormes volumes de água. Com uma profundidade relativamente rasa de 20,7 km, o terremoto desta quarta-feira atende a essas condições.

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Ondas gigantes de cerca de 1,7 m chegaram até o Havaí — menos altas do que o esperado inicialmente, mas que segundo cientistas ainda podem causar danos ao litoral relativamente baixo de nações insulares do Pacífico. Partes da Polinésia Francesa foram orientadas a se preparar para ondas de até 4 metros.

O impacto de um tsunami depende de sua “subida” à medida que se aproxima da costa, afirmou Adam Pascal, cientista-chefe do Centro de Pesquisa Sismológica da Austrália, à Reuters.

“Se houver uma subida muito longa e rasa até a costa, grande parte da energia pode ser dissipada nesse caminho. Mas se for uma plataforma muito íngreme antes de chegar à costa, a altura da onda pode ser maior”, explicou.

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Choques secundários

O terremoto desta quarta-feira já desencadeou pelo menos dez tremores secundários acima de magnitude 5, e eles podem continuar por meses, segundo especialistas. As consequências são variadas. O vulcão Klyuchevskoy, localizado na península de Kamchatka, entrou em erupção poucas horas após o poderoso tremor sacudir a região.

O abalo de magnitude 8,8 ocorreu menos de duas semanas após um outro, de magnitude 7,4, atingir a mesma área. Agora, o evento foi identificado como um “pré-choque”.

Especialistas alertam que tremores secundários maiores não podem ser totalmente descartados, embora sua magnitude e frequência tendam a diminuir com o tempo.

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