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Extrema direita cresce e pode se tornar terceira força em Portugal

Ainda bem longe dos dois principais partidos portugueses, o Chega aumentou suas intenções de voto de 1% para 7% em dois anos

Por Matheus Deccache Atualizado em 26 jan 2022, 14h11 - Publicado em 26 jan 2022, 14h03

O partido de extrema direita Chega, de Portugal, está próximo de se tornar a terceira força do país.

O crescimento ocorre apenas dois anos depois da legenda conseguir sua primeira vaga na Câmara dos Deputados.

De acordo com as pesquisas atuais, o Chega está prestes a aumentar esse número para dez. 

Embora ainda exista uma distância considerável para as duas maiores siglas, o Partido Socialista, atualmente no poder, e seus opositores de direita, o Partido Social Democrata, o Chega poderá se tornar o terceiro maior de Portugal, caso as previsões estejam corretas. 

Para especialistas políticos portugueses, um dos motivos que justificam o avanço foi a conquista da representação parlamentar, em 2019, fundamental para legitimar o discurso de seu líder, André Ventura. 

Além disso, a mídia portuguesa tem dado destaque à legenda de maneira desproporcional.

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O Chega recebeu mais atenção por causa de suas declarações sensacionalistas, ataques a políticos tradicionais e atitudes agressivas. 

A agenda do partido busca incluir no debate nacional português duas questões centrais.

A primeira são as políticas públicas voltadas para grupos vulneráveis.  

Ventura afirma que essas minorias estão recebendo mais benefícios do Estado do que as classes médias que, em teoria, estão financiando as supostas benesses. 

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O outro ponto diz respeito à corrupção.

O ex-primeiro-ministro do Partido Socialista, José Sócrates, enfrenta um julgamento por desmandos de vários membros de sua gestão, que permanecem com cargos no governo.

Desse modo, Ventura defende uma renovação da classe política portuguesa e faz uso desse argumento para atacar a atual administração.

No entanto, nenhum partido se demonstrou inclinado a se aliar ao Chega. Além disso, seu líder segue ligado a uma série de polêmicas.

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Ele foi condenado por racismo, ao chamar de bandidos os integrantes de uma família da comunidade Jamaica, em Lisboa. Também é acusado de abrigar filiados ligados a organizações neonazistas e ultradireitistas. 

Além disso, Ventura faz parte dos 10% de portugueses que não se vacinaram contra a Covid-19. 

Para a mídia local, a ascensão da extrema direita se deve a uma parcial radicalização de uma parcela da população, que se apoia em queixas não resolvidas de longa data. 

Apesar do discurso de indignação, os dois principais partidos políticos de Portugal continuam a receber cerca de 75% dos votos da população, o que demonstra uma estabilidade no país.

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Alguns analistas políticos do país dizem, no entanto, que essa estabilidade não é a mesma de alguns anos atrás. E alertam que a parcela social descontente não deve ser ignorada ou subestimada.

Além disso, os prejuízos ocasionados pela pandemia, como baixos salários e perdas de determinadas liberdades, podem estimular ainda mais esse grupo. 

Outro fator fundamental para o crescimento do Chega é a aproximação com o regime ditatorial de António Salazar, que agrega grupos mais velhos e saudosistas do período. 

O partido chegou a adotar um dos mais conhecidos gritos de guerra políticos do ditador – “Deus, Pátria e Família” – para o seu manifesto de 2022, adicionando “Trabalho” ao final dele.

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