Digital Completo: Assine a partir de R$ 9,90

Expectativa de vida nos EUA sofre maior queda desde Segunda Guerra Mundial

Principal fator para diminuição da estimativa foi a pandemia do novo coronavírus, que sobrecarregou os sistemas de saúde do país

Por Redação 21 jul 2021, 13h08

A pandemia do novo coronavírus foi a grande responsável pela queda de um ano e meio na expectativa de vida nos Estados Unidos em 2020. De acordo com estatísticas divulgadas pelo governo americano nesta quarta-feira, 21, essa é a maior queda para cidadãos desde a Segunda Guerra Mundial, quando a expectativa de vida caiu 2,9 anos entre 1942 e 1943. 

Com as condições de 2020, a expectativa de vida para uma criança nascida no país atingiu a marca de 77,3 anos. O número representa uma diminuição de um ano e meio em relação ao ano de 2019, quando a estimativa era de 78,8 anos. De acordo com o Centro Nacional de Saúde Estatísticas em Saúde do país, responsável pelo levantamento dos dados, esse é o índice mais baixo desde 2003.

O ano da pandemia também foi responsável por expor ainda mais as disparidades raciais e étnicas na expectativa de vida, com americanos negros e hispânicos perdendo quase dois anos a mais do que americanos brancos. Entre americanos de origem hispânica, o índice caiu de 81,8 para 78,8, enquanto o de negros foi de 74,7 para 71,8. Já entre americanos brancos não-hispânicos, a queda foi de 78,8 para 77,6.

Um dos maiores motivos para a diminuição da taxa foi a sobrecarga do sistema de saúde do país durante a pandemia, que já levou a óbito mais de 609.000 americanos. Ao todo, foram registrados mais de 34,2 milhões de casos no país.

Desigualdade

No entanto, ainda que as mortes por Covid-19 diminuam, as desigualdades sociais e problemas socioeconômicos causados por ela ainda serão sentidos pelas minorias, alertam os pesquisadores.

Continua após a publicidade

Apesar das disparidades estarem caindo ao longo dos anos, os EUA ainda são um dos países mais desiguais do mundo. Em 1993, a diferença na expectativa de vida entre brancos e negros era de 7,1 anos. Em 2019, essa diferença foi de 4,1.

No que diz respeito ao gênero, as lacunas também permanecem: mulheres americanas agora têm estimativa de vida em 80,2 anos, contra 81,4 em 2019; já os homens viram uma diminuição de 76,3 para 74,5.

Medir a expectativa de vida tem como objetivo mensurar os níveis de saúde de uma população, avaliando os eventuais progressos e retrocessos em uma sociedade. O resultado da análise de 2020 deixou os pesquisadores preocupados, uma vez que a queda de um ano e meio representou retrocesso em uma série de avanços feitos nos últimos anos. 

Continua após a publicidade

Nas últimas décadas, os Estados Unidos viram um aumento constante na sua expectativa de vida até o ano de 2014, quando uma epidemia de opioides se instalou e puxou o índice para baixo. O país levou cerca de quatro a cinco anos para se estabilizar novamente. 

A pandemia de Covid-19, inclusive, parece ter intensificado a crise. Mais de 40 estados registraram aumento de mortes causadas pelo entorpecente desde o início da pandemia. 

Apesar do aumento ser preocupante, há indícios de que a expectativa de vida dos americanos possa voltar a subir já em 2021. Durante a gripe espanhola, em 1918, a estimativa de vida nos EUA caiu 11,8 anos, número totalmente recuperado em 1919. 

Ainda que a Covid-19 tenha sido a principal responsável pela queda da expectativa de vida em 2020, com 74%, outros fatores como lesões menores não intencionais, doenças hepáticas crônicas e cirrose, homicídio e diabetes também influenciaram para a diminuição. Em contrapartida, houve diminuição de mortes relacionadas ao câncer, doenças respiratórias crônicas e suicídios.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 9,90/mês*
OFERTA RELÂMPAGO

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai por menos de R$ 9)
A partir de 35,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a R$ 9,90/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.