Os recentes escândalos envolvendo a Igreja Católica, e até mesmo o ataque ao Papa Bento XVI na noite de Natal, ganharam uma explicação do exorcista-chefe do Vaticano: “O demônio está instalado no coração da Igreja”, concluiu o padre Gabriele Amorth, exorcista há 25 anos.
Para o religioso, há sinais de que o Anti-Cristo está vencendo a batalha contra a Santa Sé. De acordo com Amorth, as evidência são irrefutáveis. Ele ainda disse que, na alta hierarquia Católica, “há cardeais que não acreditam em Jesus e bispos que estão ligados ao demônio”.
“O demônio mora no Vaticano e você pode ver as consequências disso”, disse o padre, de 85 anos. “Ele pode se esconder, ou falar diversas línguas, ou até aparecer para ser solidário. Às vezes ele ri de mim. Mas sou um homem feliz com o meu trabalho”.
A tentativa de assassinato do Papa João Paulo II em 1981 e as recentes revelações de violência e pedofilia cometidas por sacerdotes que trabalham na educação de crianças também são obras do demônio que se instalou na Igreja, segundo o italiano. Durante uma entrevista a uma radio em 2006, o padre, que serviu o exército italiano durante a II Guerra Mundial, disse que os nazistas estavam possuídos e eram uma prova de que o demônio existe.
Apesar de exisitir uma certa “resistência e confusão” a respeito do exorcismo entre os católicos, o padre Amorth garantiu ao jornal La Repubblica que o Papa Bento XVI não tem dúvidas da eficiência desta técnica. “Sua Santidade acredita de todo o coração na prática do exorcismo. Ele tem encorajado e parabenizado nosso trabalho”, afirmou o padre. Ao exemplificar como são feitos os exorcismos, o italiano disse que o filme O Exorcista (1973) se aproxima muito da realidade, acrescentando que quem está possuído pelo Demônio profere blafêmias, vomita cacos de vidro e pedaços de ferro.