Exército de Israel confirma que reféns israelenses mortos em Gaza eram pai e filho
Governo acredita que, no momento, dois terços dos 100 reféns ainda mantidos em Gaza estão mortos

O Exército de Israel confirmou nesta sexta-feira, 10, que os dois reféns israelenses encontrados mortos na quarta-feira em Gaza eram Youssef Ziyadne e Hamza Ziyadne, pai e filho. Os corpos foram resgatados em um túnel subterrâneo perto da cidade de Rafah, no sul de Gaza, e familiares foram comunicados após conclusão de testes forenses.
Ambos foram sequestrados pelo grupo militante palestino Hamas durante o ataque de 7 de outubro de 2023, quando cerca de 1.200 pessoas foram mortas e outras 251 foram feitas reféns em Israel.
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Israel acredita que dois terços dos 100 reféns ainda mantidos em Gaza estão mortos. Esse número inclui três que foram mortos por engano por soldados das FDI e outro que faleceu em uma missão de resgate fracassada. O Hamas alegou que vários morreram devido a bombardeios israelenses.
O Hostages and Missing Family Forum, a organização que representa a maioria das famílias, renovou apelo ao governo israelense para concluir um acordo com o Hamas e trazer de volta os reféns, dizendo que Youssef e Hamza poderiam ter sido salvos.
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A última rodada de negociações planejadas para intermediar um possível cessar-fogo foi retomada no Catar no domingo, 5. Durante as negociações de cessar-fogo, uma autoridade do Hamas disse que o grupo havia feito uma lista de 34 reféns que seriam devolvidos para Israel como parte do acordo.
As negociações estão em um impasse há um ano sobre duas questões-chave. O Hamas disse que só libertará seus reféns restantes se Israel concordar em encerrar a guerra e retirar todas as suas tropas de Gaza, enquanto Israel diz que não encerrará a guerra até que o Hamas seja desmantelado e todos os reféns sejam libertados.
Desde os ataques de outubro de 2023, mais de 46.000 palestinos foram mortos em Gaza, de acordo com autoridades de saúde palestinas, com grande parte do enclave devastada e a maioria da população do território — deslocada diversas vezes — enfrentando escassez aguda de alimentos e medicamentos devido às ações de Israel, dizem agências humanitárias.