Ex-policial condenado por assassinato de George Floyd pede novo julgamento
Defesa argumenta que o tribunal conduziu o caso de forma injusta e que o veredito estava incompatível com a lei
O ex-policial Derek Chauvin, preso e condenado pela morte de George Floyd, pediu a realização de um novo julgamento sobre o seu caso. A moção apresentada pela defesa de Chauvin argumenta que houve “abuso de poder e má conduta do júri” no tribunal.
“A publicidade foi tão difundida e prejudicial antes e durante o julgamento que resultou numa falha estrutural no processo”, escreveu Eric Nelson, advogado de defesa de Chauvin, no pedido apresentado nesta terça-feira 4.
Ainda segundo o advogado, os promotores cometeram irregularidades como “desacreditar a defesa, atestar indevidamente e não preparar adequadamente suas testemunhas”. Outras supostas irregularidades, de acordo com Nelson, incluem “erros de direito e veredito contrário à lei”.
Em 20 de abril, o júri de Minnapolis declarou Chauvin culpado em todas três acusações de homicídio contra Floyd. A pena será anunciada em 16 de junho.
A morte do homem negro de 46 anos gerou indignação generalizada em maio passado, depois que um vídeo que capturou a abordagem do agente de segurança viralizou na internet, mostrando como Chauvin ajoelhou-se sobre o pescoço do suspeito durante mais de oito minutos.
Desarmado, o ex-segurança detido sob a suspeita de ter utilizado uma nota de 20 dólares falsa repetiu “eu não consigo respirar” diversas vezes até perder a consciência.
O incidente gerou protestos em todo o país contra a violência policial e o racismo, visto que o agora ex-policial é branco. Segundo o jornal americano The New York Times, foi o maior movimento popular pelos direitos civis desde os anos 1960.