Ex-funcionário da Apple é acusado de roubar tecnologia e levar à China
Outros cinco casos semelhantes foram anunciados pelo Departamento de Justiça dos Estados Unidos
O Departamento de Justiça dos Estados Unidos acusou nesta terça-feira, 16, o ex-engenheiro da Apple Weibao Wang, de 35 anos, de tentar roubar tecnologia da empresa ligada a sistemas autônomos, incluindo carros, e depois fugir para a China.
O ex-funcionário da Apple foi contratado em 2016 e residia em Mountain View, na Califórnia. Um ano depois, antes de se demitir da empresa, ele aceitou um emprego nos Estados Unidos em uma companhia chinesa que trabalhava para desenvolver carros autônomos. Porém, segundo o Departamento de Justiça, em seu último dia de trabalho, a empresa descobriu que ele havia acessado grandes quantidades de dados privados
Em junho de 2018, agentes federais revistaram a casa de Weibao Wang e encontraram “grandes quantidades” de dados da Apple, porém, logo depois da busca, Wang embarcou em um avião para a China.
Além desta denúncia, mais cinco outros casos também foram anunciados com o objetivo de reunir esforços para combater a aquisição de tecnologia americana por nações como a Rússia, Irã e China.
Dois destes casos expostos envolviam um esquema definido por funcionários da Justiça americana como redes de aquisição criadas para ajudar os serviços militares e de inteligência da Rússia a obterem tecnologia sensível. De acordo com o departamento, estas duas ocorrências envolveram um ex-engenheiro de softwares acusado de roubar códigos-fonte de empresas de tecnologia dos EUA para comercializá-lo para uma rede chinesa.
Todas as ações foram anunciadas por uma “força de ataque” dos EUA formada para manter tecnologias sensíveis longe de adversários estrangeiros, apesar das investigações terem sido lançadas antes da criação da organização. Até o momento, quatro prisões foram feitas em conexão aos cinco casos, que foram levados para Nova York, Califórnia e Arizona. As acusações incluem violações de exportação, contrabando e segredos comerciais.
No ano passado, o Departamento de Comércio impôs novos controles de exportação de componentes avançados de computação e semicondutores em uma manobra destinada a impedir que a China adquira certos chips. Em resposta à invasão da Ucrânia, os Estados Unidos e outros 37 outros países impuseram controles de exportação à Rússia no ano passado.