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Ex-deputado ucraniano e rival de Zelensky, Andrii Portnov é morto a tiros na Espanha

Político serviu como assessor e braço-direito de Viktor Ianukovitch, ex-presidente pró-Rússia da Ucrânia, e foi investigado em seu país por traição

Por Sara Salbert Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 21 Maio 2025, 11h14

O ex-deputado e advogado ucraniano Andrii Portnov, que serviu como assessor e braço-direito de Viktor Ianukovitch, ex-presidente pró-Rússia da Ucrânia, foi morto a tiros nesta quarta-feira, 21, do lado de fora de uma escola perto da capital espanhola, Madri

Segundo as autoridades locais, homens armados não identificados atiraram em Portnov por volta das 9h15 (4h15, no horário de Brasília), enquanto ele entrava em seu carro, um Mercedes-Benz preto, após deixar os filhos na Escola Americana de Madri, em Pozuelo de Alarcon, uma cidade da periferia madrilenha que é considerada a mais rica do país.

“Várias pessoas atiraram nele nas costas e na cabeça e depois fugiram para uma área arborizada”, disse uma fonte do Ministério do Interior da Espanha. Quando os serviços de emergência chegaram ao local, encontraram Portnov morto com pelo menos três ferimentos de bala, segundo um porta-voz.

A polícia isolou o estacionamento da escola e mobilizou helicópteros e drones na busca pelos suspeitos, que fugiram para uma área de mata próxima. As autoridades trabalham com as hipóteses de crime político ou acerto de contas, segundo o jornal El Mundo.

Rival pró-Rússia

Portnov, de 52 anos, fugiu da Ucrânia após a queda de Ianukovitch, em 2014, e passou a morar na Rússia, Áustria e, mais recentemente, na Espanha, onde residia desde pelo menos abril de 2024. Ele era especialmente odiado pelos sucessores de Iaukovitch, Petro Porochenko e o atual presidente, Volodymyr Zelensky.

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O ex-deputado ucraniano foi investigado em seu país por traição, sob suspeita de envolvimento na anexação ilegal da Crimeia pela Rússia, mas o processo foi arquivado em 2019.

Portnov esteve envolvido no desenvolvimento das chamadas ” leis ditatoriais ” de janeiro de 2014, que restringiam a liberdade de expressão dos cidadãos ucranianos em meio a enormes protestos antigovernamentais conhecidos como “Euromaidan”. Em 2021, ele foi alvo de sanções dos Estados Unidos, que o acusaram de ter “cultivado extensas conexões com o aparato judicial e de aplicação da lei da Ucrânia por meio de suborno”.

O assassinato de Portnov é o mais recente de uma série de episódios violentos envolvendo cidadãos russos e ucranianos na Espanha desde o início da guerra em 2022. Atualmente, o país abriga cerca de 235 mil ucranianos e 95 mil russos, de acordo com o serviço migratório espanhol.

Em 2022, seis cartas-bomba foram enviadas para alvos em todo o país, incluindo o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, as embaixadas da Ucrânia e dos EUA e escritórios do governo.

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