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Europa registra neste ano a pior temporada de incêndios da história, diz instituto

Além da destruição de áreas verdes ter batido recorde, fumaça liberada pela queima de florestas gera impactos profundos à saúde

Por Flávio Monteiro
22 ago 2025, 10h35

A temporada deste ano de incêndios em países-membros da União Europeia já é a pior na série histórica, que começou em 2003, segundo dados divulgados nesta sexta-feira, 22, pelo Sistema Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais (Effis). Mais de 1 milhão de hectares foram destruídos pelo fogo até agora, enquanto o índice de poluentes atmosféricos liberados pela queima de florestas quebraram recordes.

Neste ano, as chamas devastaram uma área quatro vezes maior do que a média dos últimos 22. Foram 1.015.024 hectares de terra queimados em poucos meses, superando o recorde anterior, de 2017 (988.544 hectares). Até o momento, mais de uma dúzia morreram em decorrência dos incêndios, mas observadores acreditam que o número vai aumentar devido à liberação de poluentes.

Cientistas alertam que as mudanças climáticas vêm gerando “condições perfeitas” para grandes incêndios florestais, o que pode justificar a alta registrada pelo Effis. Em agosto, diferentes regiões do sul europeu registraram episódios de incêndio florestal, potencializado por uma onda de calor que aumentou as temperaturas da região.

“Uma concentração de ondas de calor reduziu a umidade da atmosfera e secou a vegetação, combustível para o fogo”, disse ao jornal britânico The Guardian o engenheiro florestal da Universidade de Lleida, Victor Resco Dias. Segundo o Effis, a incidência de incêndios deve diminuir no sul da Europa nesta semana, mas anomalias que variam entre “muito altas” a “muito extremas” são esperadas no norte do continente.

Especialistas consideram altamente provável que o recorde de 2025 seja quebrado nos próximos anos, continuando a tendência de aquecimento do planeta e intensificação de fenômenos climáticos extremos, como incêndios, ondas de calor, inundações e tempestades. 

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Impacto

As espessas nuvens de fumaça causadas pelos incêndios liberam gases nocivos o suficiente para afetar os pulmões humanos, além de pequenas partículas tóxicas que se infiltram na corrente sanguínea. Segundo um estudo publicado no prestigiado The Lancet, em dezembro, 111 mil pessoas morreram por ano na Europa entre 2000 e 2019 devido aos efeitos da fumaça.

Cerca de 37 milhões de toneladas de dióxido de carbono foram soltas na atmosfera devido às chamas — valor que representa as emissões anuais de Portugal e da Suécia. Outros nove poluentes atmosféricos também bateram recorde de emissão, incluindo as partículas finas chamadas de PM2.5, que tornam os incêndios mais perigosos do que nunca.

“As grandes quantidades de fumaça, especialmente PM2.5, liberadas na atmosfera resultaram em qualidade do ar severamente degradada localmente e mais longe em toda a Península Ibérica e partes da França”, afirmou o cientista do serviço de monitoramento da atmosfera Copernicus, Mark Parrington.
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