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EUA usam DNA para reunir famílias migrantes separadas na fronteira

Grupos de apoio a imigrantes criticam medida e falta de registro apropriado de pais e filhos

Por Da Redação
5 jul 2018, 20h51

Autoridades americanas começaram a realizar exames de DNA para reunir as famílias de migrantes que foram separadas na fronteira com o México, gesto que um grupo defensor de imigrantes chamou de “deplorável”.

O secretário americano de Saúde, Alex Azar, revelou nesta quinta-feira (5) por teleconferência que estão “fazendo testes de DNA para confirmar parentesco de forma rápida e precisa” para proceder à reunificação familiar.

Uma decisão judicial deu ao governo o prazo até quarta-feira, 10 de julho, para reunir as famílias migrantes separadas pela política de “tolerância zero” contra a imigração ilegal adotada em maio.

A diretora de comunicação do grupo de apoio a migrantes RAICES, Jennifer Falcon, disse em uma nota oficial que a decisão de realizar os testes de DNA era “deplorável”.

“É deplorável que estejam usando a obrigação de reunir crianças para coletar informação sensível sobre cada criança. Isso permitirá ao governo (americano) vigiar essas crianças pelo resto de suas vidas”, disse Falcon.

As crianças, “algumas com apenas meses de idade, não poderiam autorizar isto”, lembrou.

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A nota do RAICES também repercutiu as denúncias de caos generalizado no controle das autoridades sobre onde estão as crianças de cada família. “Eles nunca registraram pais e crianças de forma apropriada”, disse Falcon.

“Sabemos onde está cada criança”

Diante da avalanche de denúncias sobre os problemas para identificar os locais de detenção de cada adulto e seus respectivos filhos, Azar assegurou que as autoridades têm informações concretas.

“O Departamento de Saúde sabe a identidade e a localização de cada menor de idade sob nossa custódia” e atua para fazer a reunificação familiar “da forma mais rápida possível”, disse.

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“É preciso ser muito claro sobre isso, porque sabemos onde está cada criança e sabemos que estão sendo bem atendidas”, assegurou.

Entretanto, acrescentou, a realização de testes de DNA obedece à necessidade de assegurar que as crianças e menores de idade sejam reunidos a parentes confirmados.

Azar, no entanto, evitou oferecer números concretos e insistiu em que o número de crianças que ainda estão sob custódia das autoridades migratórias é “menos de 3.000”. Acrescentou que “cerca de 100 têm menos de cinco anos de idade”.

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O prazo de terça-feira para a reunificação familiar se aplica para essas crianças menores de cinco anos, e o resto deverá se reencontrar com suas famílias antes de 26 de julho.

O alto funcionário confirmou que em geral as autoridades americanas têm sob sua custódia “cerca de 11.800” menores de idade. Deles, disse Azar, “aproximadamente 80% são adolescentes, na maioria homens”, que entraram em território americano desacompanhados de adultos.

O Departamento de Segurança Interna (DHS, em inglês) informou nesta quinta-feira que por causa da controversa política de “tolerância zero” à imigração ilegal, em junho caiu número de imigrantes interceptados na fronteira com o México em relação a maio

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Lenha na fogueira

Enquanto Azar falava com a imprensa, no entanto, o presidente Donald Trump jogava mais lenha na fogueira, com uma série de mensagens no Twitter, onde disse ser necessário pedir aos migrantes para irem embora.

Segundo o presidente americano, “é preciso dizer ‘FORA!’ E eles têm que ir, da mesma forma como se estivessem de pé em nosso jardim”.

“Quando as pessoas, com crianças ou sem crianças, entram em nosso país, é preciso dizer a elas para irem embora sem que nosso país tenha que organizar um longo e custoso processo”, tuitou o presidente, pressionando mais uma vez o Congresso para que “conserte as leis migratórias insanas”.

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A guarda fronteiriça, afirmou o presidente, “está fazendo um bom trabalho, mas as leis com as quais tem que trabalhar são insanas”.

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