Black Friday: Revista em casa a partir de 8,90/semana
Continua após publicidade

EUA pedem relação de votos e Milei afirma que Maduro foi derrotado na Venezuela

Além do presidente da Argentina, União Europeia, Chile e Estados Unidos não reconhecem resultado do pleito no país

Por Ernesto Neves Atualizado em 29 jul 2024, 12h49 - Publicado em 29 jul 2024, 08h12

O secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, manifestou nesta segunda-feira, 29, “grave preocupação” com a possibilidade de o resultado das eleições presidenciais da Venezuela não representar a realidade. 

Segundo Blinken, há evidências de que a vitória de Nicolás Maduro não esteja alinhada “à vontade do povo”. Blinken pediu apuração “justa e transparente”. 

“Os Estados Unidos têm sérias preocupações de que o resultado anunciado não reflita a vontade nem os votos do povo venezuelano e pedem que as autoridades eleitorais publiquem uma relação detalhada dos votos”, afirmou Blinken.

O comunicado se dá após o Conselho Nacional Eleitoral do país, órgão federal controlado pela ditadura, apontar vitória de Maduro com 51% dos votos.

Nos últimos meses, pesquisas de opinião apontavam que o favorito na corrida eleitoral era Edmundo González Urrutia, candidato que substituiu a líder da oposição, María Corina Machado, impedida de concorrer pelo regime chavista.

O presidente da Argentina, Javier Milei, afirmou que reconhece a vitória da oposição. Milei pediu que o presidente Maduro deixe a Presidência da República.

Continua após a publicidade

“Ditador Maduro, fora! Os venezuelanos decidiram acabar com a ditadura comunista de Nicolás Maduro. Os dados apontam uma vitória acachapante da oposição e o mundo espera o reconhecimento desta derrota depois de anos de socialismo, miséria, decadência e morte. A Argentina não vai reconhecer outra fraude e espera que as Forças Armadas defendam a democracia e a vontade popular desta vez”, afirmou Milei.

O líder do Uruguai, Luis Lacalle Pou, de centro-direita, por sua vez, também rejeitou a vitória governista.

“Não se pode reconhecer um triunfo se não se confia na forma e nos mecanismos utilizados para chegar a ele”, escreveu o uruguaio nas redes sociais.

Além dos presidentes da Argentina e do Uruguai, governos de esquerda da América Latina optaram pela cautela sobre os resultados.

Continua após a publicidade

Gabriel Boric, do Chile, afirmou que “os resultados são difíceis de acreditar”, enquanto o chanceler Luis Gilberto Murillo, da Colômbia, que é presidida por Gustavo Petro, também de esquerda, exigiu “contagem total dos votos”.

“O regime de Maduro deve compreender que os resultados são difíceis de acreditar. A comunidade internacional e especialmente o povo venezuelano, incluindo os milhões de venezuelanos no exílio, exigem total transparência das atas e do processo”, escreveu Boric nas redes sociais. “Do Chile não reconheceremos nenhum resultado que não seja verificável”, concluiu. 

Os governos do Peru, Costa Rica e Guatemala também demonstraram cautela quanto ao resultado.

Chanceler do Peru, Javier González-Olaechea afirmou que convocará o embaixador do país na Venezuela para consultas diante do “grave anúncio oficial das autoridades eleitorais venezuelanas”.

Continua após a publicidade

Na Guatemala, o mandatário, Bernardo Arévalo, disse ter recebido a vitória de Maduro “com muitas dúvidas”.

“A Venezuela merece resultado transparente, preciso e que corresponda à vontade do povo”, disse Arévalo.

A mesma linha foi seguida pela Costa Rica. O presidente, Rodrigo Chaves, considerou a vitória  “fraudulenta”.

Na Europa, o governo da Espanha, por meio do ministro das Relações Exteriores, José Manuel Albares, pediu para que o processo sofra averiguação externa.

Continua após a publicidade

“Queremos total transparência e pedimos a publicação das atas mesa por mesa. Queremos que se garanta transparência. A chave é essa publicação de dados, mesa por mesa, para que sejam verificáveis”, disse.

Aliados de Maduro apoiam vitória governista

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, parabenizou Maduro. Moscou afirmou que a relação bilateral entre Rússia e Venezuela continuará “estratégica”. E disse que os dois países vão desenvolver ações conjuntas em “todas as áreas”. 

Em Cuba, o ditador Miguel Díaz-Canel cumprimentou Maduro através da rede social X, ex-Twitter. “Hoje triunfou a dignidade e o valor do povo venezuelano sobre pressões e manipulações”, escreveu.

Na China, o Ministério das Relações Exteriores de Pequim afirmou que está “disposto a enriquecer a associação estratégica” com Caracas.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Semana Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

Apenas 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (a partir de R$ 8,90 por revista)

a partir de 35,60/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.