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EUA impõem sanções contra chanceler e juíza da Venezuela

Medida é resposta à prisão de Roberto Marrero, o chefe de gabinete do líder opositor Juan Guaidó, em março

Por Da Redação
Atualizado em 26 abr 2019, 15h48 - Publicado em 26 abr 2019, 14h18

O governo dos Estados Unidos impôs nesta sexta-feira, 26, sanções contra o chanceler da Venezuela, Jorge Arreaza, e a juíza Carol Padilla, responsável por ordenar a prisão de Roberto Marrero, o chefe de gabinete do líder opositor Juan Guaidó, em março deste ano.

“Os Estados Unidos não vão ficar apenas olhando o ilegítimo regime de Maduro privar o povo venezuelano de sua riqueza, sua humanidade e seu direito à democracia”, disse o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin.

Como consequência das sanções, ficam congelados os ativos que Arreaza e Padilla têm nos Estados Unidos. Além disso, cidadãos e empresas americanas estão proibidos de fazer transações financeiras com eles.

Washington impulsiona uma série de sanções contra instituições políticas e financeiras da Venezuela no marco de sua campanha pelo reconhecimento do líder parlamentar Juan Guaidó, que em janeiro se proclamou presidente interino ao considerar que o segundo mandato de Maduro iniciado em 10 de janeiro carece de legitimidade.

Arreaza alertou nesta quinta-feira da ONU, em Nova York, que se os Estados Unidos entrarem na embaixada de Caracas em Washington, seu país poderá adotar uma ação recíproca.

Carol Padilla é responsável pelo caso de Roberto Marrero. O opositor foi preso no final de março e, segundo seu advogado, é denunciado pelos crimes de “conspiração, legitimação de capitais, associação criminosa e ocultamento de armas e explosivos”.

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O chefe de gabinete de Guaidó também foi acusado pelo governo de Nicolás Maduro de “organizar” uma operação para que mercenários contratados em El Salvador, Guatemala e Honduras cometessem “assassinatos seletivos” e “sabotagens” nos serviços públicos no território venezuelano.

Maduro já chegou a denunciar Guaidó, reconhecido como presidente interino da Venezuela por mais de 50 países, de planejar um complô para assassiná-lo.

Além do caso de Marrero, Carol Padilla também cuida dos processos do deputado opositor Julio Borges e do ativista Fernando Albán.

Borges está preso sob acusação de organizar o ataque a uma parada militar encabeçada por Maduro em agosto de 2018.

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Albán também era investigado por envolvimento no ataque, mas morreu enquanto estava sob custódia do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin) da Venezuela. O regime de Maduro diz que o opositor cometeu suicídio, mas a ONU ainda investiga o caso.

Prisão arbitrária

Nesta sexta, o Parlamento da Venezuela, controlado pela oposição, denunciou a prisão arbitrária do deputado Gilber Caro, que havia sido solto em junho de 2018 após um ano e meio de prisão.

A Assembleia Nacional informou em sua conta no Twitter que Caro foi detido “violando sua imunidade parlamentar”, e não deu mais detalhes sobre a prisão. “Mantemos o regime usurpador responsável pela vida e integridade do deputado”, disse ainda a conta oficial do Parlamento.

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Segundo a deputada Adriana Pichardo, do Vontade Popular, mesmo partido de Caro e Guaidó, Caro foi preso por funcionários do Sebin em um restaurante.

Além do opositor, os agentes também detiveram funcionários do local que teriam tentado evitar a prisão.

Caro, deputado pelo estado de Miranda, foi preso pela primeira vez em janeiro de 2017 acusado de cometer crimes de traição à pátria e roubo de efetivos das Forças Armadas. O opositor só foi libertado em junho de 2018, por ordem da Assembleia Nacional.

(Com EFE, Reuters e AFP)

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