EUA impõe sanções contra líder chavista Diosdado Cabello
Ex-presidente da Assembleia Nacional está envolvido em esquemas de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e apropriação de fundos estatais

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (18) sanções econômicas contra o líder chavista Diosdado Cabello e outros três cidadãos da Venezuela, como parte de uma campanha de pressão contra o governo de Nicolás Maduro, a dois dias das eleições presidenciais no país sul-americano.
Os Estados Unidos incluíram na lista o filho de Cabello, José David Cabello Rondón; a esposa do dirigente chavista, a ministra do Turismo, Marleny Josefina Contreras Hernández; e o empresário Rafael Alfredo Sarría Díaz.
Em uma extensa nota oficial, o Secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, afirmou que “Cabello aproveitou seu cargo oficial para participar de tráfico de drogas, lavagem de dinheiro, apropriação de fundos estatais e outras atividades de corrupção“.
Cabello, um dos dirigentes mais influentes do país, cometeu “abusos de autoridade” e, junto com sua esposa, seu irmão e Rafael Sarría, formou uma “rede de corrupção”, assegurou o Tesouro americano.
Ainda segundo a pasta, em setembro de 2017, o dirigente venezuelano e seu irmão “aprovaram um sistema de lavagem de dinheiro, baseado em atividades financeiras ilícitas que tinham como objetivo a estatal PDVSA”.
O papel de Sarría teria sido “lavar dinheiro de funcionários mediante a compra de propriedades desde o ano de 2010”, operações nas quais atuava como “testa-de-ferro” de Cabello.
Também foram alvos de sanções econômicas três empresas com sede em Boca Raton, na Flórida, “que são de propriedade ou são controladas” por Sarría, segundo o Tesouro americano.
Atual primeiro vice-presidente do Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), Cabello, de 55 anos, foi presidente da Assembleia Nacional, o parlamento do país, entre 2012 e 2016.
Como consequência das medidas, ficam congelados os ativos que as pessoas sancionadas tenham sob jurisdição americana. Empresas dos Estados Unidos ficam proibidas de realizar operações financeiras com eles.
(Com EFE e AFP)