EUA dizem que ataque de rebeldes hutis do Iêmen contra navio fez 2 mortos
É a primeira vez que tripulantes de embarcações comerciais morrem desde que a milícia, em apoio ao Hamas, começou a sabotar rota do Mar Vermelho
Autoridades dos Estados Unidos afirmaram que dois marinheiros de um navio comercial foram mortos nesta quarta-feira, 6, devido a um ataque de mísseis dos hutis do Iêmen. Outros seis ficaram feridos e abandonaram o navio, que foi capturado pela milícia. Esta é a primeira vez que tripulantes de navios comerciais são mortos desde que o grupo rebelde, em apoio ao Hamas, começou a lançar ataques contra embarcações de países ocidentais no Mar Vermelho, uma das mais importantes vias comerciais marítimas do planeta.
A empresa de segurança marítima Ambrey afirmou que o navio sofreu danos e que uma operação de resgate estava “em andamento com partes da tripulação já nos botes salva-vidas”.
O ataque desta quarta atingiu o navio True Confidence, um cargueiro que tinha bandeira de Barbados e era de propriedade da Libéria. Segundo os hutis, o lançamento dos mísseis foi “necessário”, porque a tripulação rejeitou o alerta das forças navais iemenitas. Na declaração, o grupo reiterou apoio ao povo palestino, dizendo que não vão cessar os ataques na região até que Israel interrompa sua ofensiva na Faixa de Gaza.
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Onda de ataques
Em meados de novembro, os hutis começaram a lançar drones e mísseis contra diversos navios que transportavam mercadorias pela rota comercial do Mar Vermelho, que dá acesso ao importantíssimo Canal de Suez. Devido à turbulência regional, várias empresas de transporte marítimo suspenderam viagens ou trocaram de rota.
Segundo os rebeldes, que vivem em guerra civil contra o governo oficial do Iêmen há uma década, com apoio do governo do Irã, o objetivo é mostrar solidariedade aos palestinos mortos em Gaza.
Em janeiro, dois militares da marinha americana morreram afogados nas águas da Somália, enquanto tentavam abordar um navio que transportava armas iranianas para os hutis. Em fevereiro, um projeto internacional de monitoramento e proteção do Mar Vermelho, chefiado pelos Estados Unidos e Reino Unido, afirmou que os ataques aumentaram – houve pelo menos 79 ataques em fevereiro, mais que o dobro dos 33 registrados em janeiro.