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EUA divulgam vídeo para provar envolvimento iraniano em ataque a navios

Imagens mostram membros da Guarda Revolucionária iraniana removendo mina que não explodiu do casco do petroleiro

Por Da Redação
14 jun 2019, 09h17

As Forças Armadas dos Estados Unidos divulgaram nesta sexta-feira, 14, um vídeo que afirmam mostrar a Guarda Revolucionária iraniana removendo uma mina naval que não explodiu de um dos petroleiros alvejados ontem no Golfo de Omã.

O governo americano diz que a nova evidência prova a participação de Teerã no ataque. O Irã, contudo, nega estar envolvido.

Os dois navios atacados nesta quinta-feira 13, o MT Front Altair, de propriedade norueguesa, e o Kokuka Courageous, de propriedade japonesa, estavam carregados de produtos petrolíferos. Os proprietários das embarcações ainda não esclareceram como a operação foi realizada ou o que causou o dano aos barcos.

As imagens divulgadas pelos americanos hoje mostram o Kokuka Courageous. Um barco de patrulha da Guarda Revolucionária iraniana chega ao lado do navio e remove a mina, para apagar qualquer evidência de seu envolvimento no ataque, afirmou o porta-voz do Comando Central dos EUA, capitão Bill Urban.

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“Os Estados Unidos e a comunidade internacional estão prontos para defender nossos interesses, incluindo a liberdade de navegação”, disse Urban. Segundo ele, o país “não tem interesse em se envolver em um novo conflito no Oriente Médio. No entanto, defenderemos nossos interesses”.

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O Irã negou a acusação. “A guerra econômica e o terrorismo dos Estados Unidos contra o povo iraniano, bem como sua presença militar massiva na região, foram e continuam a ser as principais fontes de insegurança e instabilidade na região do Golfo Pérsico e a ameaça mais significativa à sua paz e segurança”, disse o país persa em comunicado.

“O fato de os Estados Unidos aproveitarem imediatamente a oportunidade para fazer acusações contra o Irã, revela que (Washington e seus aliados árabes) passaram para o plano B: a sabotagem diplomática e maquiagem do seu #TerrorismoEconômico contra o Irã”, reagiu o ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, no Twitter.

Embora Teerã tenha negado estar envolvido no ataque, o regime iraniano usou minas anteriormente contra petroleiros em 1987 e 1988, na “Guerra dos Navios”, quando a Marinha americana escoltou embarcações pela região.

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As autoridades norueguesas falaram de um ataque, relatando três explosões a bordo do petroleiro Front Altair, de propriedade da empresa Frontline. Nenhum membro da tripulação ficou ferido.

O segundo navio, o Kokuka Courageous, foi alvejado, mas toda a tripulação foi resgatada depois de abandonar o navio, e sua carga de metanol está intacta.

O proprietário da embarcação japonesa, Yutaka Katada, disse que seus marinheiros viram “objetos voadores” antes do ataque, sugerindo que o navio não foi danificado por minas navais. O presidente da empresa não ofereceu nenhuma evidência para sua alegação.

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Os ataques a navios petroleiros e instalações petrolíferas no Golfo podem perturbar o abastecimento do mercado global e provocar um conflito armado envolvendo o Irã, dizem analistas.

Teerã e Washington estão envolvidos numa disputa de alto risco desde a retirada unilateral em maio de 2018 do governo Trump do acordo nuclear com o Irã e a reintrodução das sanções americanas contra Teerã. Sem mencionar as invectivas e ameaças mútuas dos últimos meses, bem como os reforços militares dos Estados Unidos na região.

Conselho de Segurança

Os Estados Unidos pediram na quinta-feira ao Conselho de Segurança da ONU que enfrente a “clara ameaça” representada pelo Irã após os supostos ataques no Golfo de Omã.

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O Conselho se reuniu para escutar o embaixador americano Jonathan Cohen, que apresentou um relatório sobre a responsabilidade de Teerã.

Os ataques desta quinta ocorrem um mês depois de outro incidente similar, contra quatro petroleiros diante da costa dos Emirados Árabes Unidos, e “demonstram a clara ameaça que o Irã representa para a paz e a segurança internacionais”, disse Cohen.

“Pedi ao Conselho de Segurança que se mantenha atento ao assunto e espero que tenhamos mais conversas sobre como agir nos próximos dias”.

A posição de Washington não foi compartilhada por outros membros do Conselho, que não veem evidência clara para vincular o Irã aos ataques, destacaram fontes diplomáticas.

O embaixador do Kuwait, Mansour Al Otaibi, revelou que membros do Conselho condenaram a violência e muitos pediram uma investigação para determinar os fatos. “Gostaríamos de saber quem está por trás deste incidente”, disse.

(Com Estadão Conteúdo e AFP)

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