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EUA declaram emergência em meio a previsão de maior nevasca em uma década

Neve, gelo, vento e temperaturas em queda criam condições perigosas em área que envolve estados do centro e sul até a Costa Leste

Por Redação 6 jan 2025, 09h46

Uma combinação de neve, gelo, vento e temperaturas em queda nos Estados Unidos criou condições perigosas em uma área que cobre do centro e sul do país até a Costa Leste na manhã desta segunda-feira, 6, em meio a alertas de que certos locais podem registrar a nevasca mais pesada em uma década.

Sete estados americanos – Kansas, Missouri, Kentucky, Virgínia, Virgínia Ocidental, Arkansas e partes de Nova Jersey – já declararam estado de emergência.

Neve e gelo cobriram as principais estradas do Kansas, do oeste de Nebraska e partes de Indiana, onde a Guarda Nacional do estado foi ativada para ajudar motoristas presos. Pelo menos 20 cm de neve são esperados nesses locais, junto com rajadas de vento de até 72 km/h. O Serviço Nacional de Meteorologia emitiu alertas de tempestades de inverno do Kansas e Missouri até Nova Jersey.

“Para locais nesta região que recebem os maiores totais de neve, pode ser a maior nevasca em pelo menos uma década”, disse o serviço meteorológico.

Escolas fechadas

Escolas e edifícios do governo em várias áreas foram fechados na segunda-feira, informou a agência de notícias The Associated Press.

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Distritos em Indiana, Virgínia e Kentucky começaram a anunciar cancelamentos de aulas na tarde de domingo. As escolas públicas do condado de Jefferson, em Kentucky, suspenderam todas as atividades regulares, extracurriculares e de esportes para seus quase 100 mil alunos.

Aulas também foram canceladas em Maryland, onde o governador Wes Moore anunciou que escritórios da administração ficarão fechados nesta segunda-feira.

“Manter os moradores de Maryland seguros é nossa maior prioridade. Por favor, fiquem fora das estradas durante esta tempestade. Preparem suas casas e famílias e carreguem seus dispositivos de comunicação caso falte energia”, disse Moore em declaração.

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Vórtice polar e crise climática

Por trás da grande nevasca está o vórtice polar, uma grande área de baixa pressão e ar ultrafrio nos dois polos da Terra, um fenômeno recorrente que geralmente gira em torno do Polo Norte. Pessoas nos Estados Unidos, Europa e Ásia sentem seu frio intenso quando o vórtice escapa e mergulha para o sul, como nas condições atuais.

A massa de ar ártica se acumulou no Canadá na semana passada, fazendo temperaturas caírem até 40 graus negativos, e agora espalhou-se para o sul, para os Estados Unidos, no fim de semana. Combinada com o ar carregado de umidade do Golfo do México, ela se tornou uma grande tempestade de inverno chamada Blair.

A previsão é de que a camada de até 2 cm de gelo no solo possa levar a quedas de energia e danos às árvores. A massa de ar ártica fria deve então seguir para o sul durante a próxima semana, chegando até a Costa do Golfo.

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Estudos mostram que o aquecimento do Ártico, devido às mudanças climáticas, é parcialmente responsável pela frequência e intensidade crescentes do vórtice polar. A perturbação do fenômeno natural faz com que ele se mova mais para o sul.

O vórtice polar no inverno do Hemisfério Norte é a principal causa de temperaturas tão baixas quanto -55 °C na Sibéria, e agora sua parte mais intensa mudou para a América do Norte.

Em contraste, em meio ao verão do Hemisfério Sul, o sudeste da Austrália tem sofrido com uma onda de calor intensa nos últimos dias, com aumento do risco de incêndios florestais e alertas para habitantes em todo o estado de Victoria. O estado viu as temperaturas atingirem cerca de 45 °C no domingo. Outras partes do país também estão sofrendo com a onda de calor, incluindo Nova Gales do Sul, Austrália Ocidental e Tasmânia.

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