EUA condenam líder de milícia a 18 anos de prisão por ataque ao Capitólio
A sentença de Stewart Rhodes, chefe do grupo de extrema direita Oath Keepers, foi a mais longa da investigação sobre os invasores do Congresso americano

Stewart Rhodes, líder da milícia de extrema direita Oath Keepers, foi condenado nesta quinta-feira, 25, a 18 anos de prisão por seu papel no ataque trumpista ao Capitólio dos Estados Unidos em 6 de janeiro de 2021. Ele foi condenado por conspiração sediciosa.
A sentença, proferida no Tribunal Distrital Federal em Washington, foi a pena mais severa até agora nos mais de mil processos criminais decorrentes do ataque ao Capitólio – e a primeira a ser aumentada por se adequar à definição legal de terrorismo.
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Rhodes também foi o primeiro dos dez membros dos Oath Keepers – e do outro grupo de extrema direita, os Proud Boys – que foram condenados por sedição em conexão com os eventos de 6 de janeiro.
Para Rhodes, 58, a sentença foi o fim de uma carreira tumultuada e incomum que incluiu serviço militar, uma passagem pelo Capitólio e um diploma de direito em Yale. Seu papel como fundador e líder da milícia de extrema direita agora o enviará para a prisão pelo que, provavelmente, será a maior parte de sua vida.
Em uma audiência dramática de quase quatro horas, o juiz Amit Mehta repreendeu Rhodes por buscar durante anos, por meio de sua liderança dos Oath Keepers, que a democracia americana “evoluísse para a violência”.
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Kathryn L. Rakoczy, uma das principais promotoras do caso, disse ao juiz Mehta que Rhodes vinha pedindo ataques contra o governo há mais de uma década e que seu papel no ataque de 6 de janeiro fazia parte de um padrão antigo.
Oath Keepers é uma organização de milícia de extrema direita antigovernamental. O grupo se descreve como uma associação apartidária formada por atuais e ex-militares que se comprometem a cumprir o juramento militar para “defender a Constituição contra todos os inimigos, estrangeiros e estrangeiros”.
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A milícia encoraja seus membros a não obedecer às ordens que eles acreditam que violariam a Constituição dos Estados Unidos. A organização, fundada em 2016, tem cerca de 35 mil membros.