EUA: atrás de vidro à prova de balas, Trump volta a fazer comício ao ar livre
Ex-presidente americano foi alvo de ataque a tiros durante evento de campanha em 13 de julho, quando uma bala o atingiu de raspão na orelha
Depois de sofrer uma tentativa de assassinato em julho, o ex-presidente americano Donald Trump parou de fazer eventos de campanha ao ar livre, um golpe para sua campanha em plena corrida presidencial nos Estados Unidos. Mas o Serviço Secreto encontrou uma maneira de permitir que ele retorne ao palanque em breve – atrás de uma barreira feita de vidro à prova de balas, segundo a emissora americana CBS News.
Uma reportagem da rede na quinta-feira 15 informou que o Serviço Secreto cercará o pódio de Trump com vidro à prova de balas, citando “dois agentes federais” como fonte. Telas com esse tipo de proteção normalmente são reservadas para o presidente em exercício, segundo a CBS News, mas a agência decidiu abrir uma exceção no caso do candidato republicano.
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O plano foi proposto e levado a cabo pela então diretora do Serviço Secreto, Kim Cheatle, logo após a tentativa de assassinato contra Trump em 13 de julho, informou a CBS. Desde então, ela foi forçada a renunciar ao cargo, deixando a agência federal nas mãos do interino Ronald L. Rowe Jr.
Falhas do Serviço Secreto
As mudanças ocorrem um mês após um atirador subir em um telhado durante um comício de Trump na Pensilvânia e disparar oito vezes contra o ex-presidente americano. No momento do atentado, ele virou o rosto para apresentar slides com dados sobre imigração, e as balas passaram de raspão, deixando apenas um ferimento em sua orelha.
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Falhas de segurança do Serviço Secreto foram apontadas como um dos principais facilitadores desse episódio. A agência vem sofrendo semanas de duras críticas por, entre outras coisas, não proteger o telhado do edifício que deixava o principal pódio de discurso dentro do alcance de rifles. Os disparos mataram uma das pessoas na plateia, Corey Comperatore, que se jogou sobre a família para protegê-la, e feriram outros dois apoiadores de Trump.
O Serviço Secreto virou alvo de várias investigações do Congresso e do poder executivo. Uma reportagem do jornal americano The New York Times revelou que falhas tecnológicas ajudaram o atirador Thomas Matthew Crooks a chegar perto de matar o republicano. Segundo depoimento do Serviço Secreto no Congresso, antes de Crook entrar no comício, um policial transmitiu pelo sistema de rádio que uma “arma longa” tinha sido identificada no evento. No entanto, a mensagem nunca foi recebida pelo comando central. Cerca de 30 segundos depois, o agressor disparou os primeiros tiros.