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EUA alertam Irã que ‘todas as opções estão sobre a mesa’

Assessor de segurança da Casa Branca afirmou que ataques de Teerã são “provocativos e injustificáveis"

Por Da Redação
Atualizado em 25 jun 2019, 11h43 - Publicado em 25 jun 2019, 10h37

O assessor de segurança nacional dos Estados Unidos, John Bolton, disse nesta terça-feira, 25, que “todas as opções continuam sobre a mesa” se o Irã exceder os limites para enriquecimento de urânio estabelecidos no acordo nuclear de 2015.

Bolton falou em coletiva após se reunir com autoridades da Rússia e de Israel, em Jerusalém, para discutir o envolvimento dos iranianos em conflitos na região do Oriente Médio, em especial na Síria.

Ao ser questionado se um ataque militar ainda é uma opção caso o Irã ultrapasse a restrição de 300 quilos de urânio enriquecido estipulado no acordo, Bolton afirmou que seria “um erro muito grave o Irã ignorar esse limite”.

O assessor do governo de Donald Trump também alertou Teerã contra qualquer perturbação à conferência econômica organizada pelos Estados Unidos para mobilizar fundos para os palestinos, que começa nesta terça no Bahrein.

“O Irã se envolveu nos últimos dois meses em uma longa série de ataques provocativos e injustificáveis”, disse Bolton.

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As tensões entre Estados Unidos e Irã aumentaram na semana passada, quando um avião não tripulado americano foi abatido pelas forças militares iranianas no Estreito de Ormuz, uma das principais rotas de petroleiros ao Ocidente.

Após o ataque contra o drone, Trump informou que abortara ataques a três locais do território do Irã na quinta-feira 20, como represália, ao saber que causariam as mortes de cerca de 150 civis. Ciberataques americanos a sistemas de computador usados para controlar os lançamentos de mísseis e foguetes do Irã teriam sido autorizados no mesmo dia. O Irã alega que não ocorreram.

Donald Trump também adotou mais um pacote de sanções contra Teerã como meio de pressionar o regime a recuar em seu programa nuclear e em suas ações no Oriente Médio.

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O programa nuclear iraniano continua a ser o alvo preferencial do governo Trump, que retirou os Estados Unidos do acordo fechado em 2015 entre o Irã e outros cinco países – Reino Unido, França, China, Alemanha e Rússia. Trump alegou que Teerã não cumpria seus termos – o que vem sendo contrariado pelos resultados de inspeções da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) – e retomou sanções suspensas desde a assinatura do acordo.

Na semana passada, porém, o governo iraniano anunciou o aumento do grau de enriquecimento do urânio além do limite fixado pelo acordo de 2015. O novo teor, entretanto, continua muito aquém do necessário para a fabricação de armamentos atômicos.

O governo iraniano afirma que irá exceder o limite até quinta-feira, 27, caso a União Europeia (UE) e outros aliados não atuem para minimizar o impacto das sanções americanas.

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Reunião no Bahrein

A conferência organizada por Washington, liderada por Jared Kushner, genro e assessor do presidente americano Donald Trump, e batizada de “Da paz à prosperidade”, é o capítulo econômico de um plano de resolução do conflito israelense-palestino, cuja apresentação foi adiada várias vezes.

O governo dos Estados Unidos espera levantar mais de 50 bilhões de dólares em projetos de infraestrutura, educação, turismo e comércio para os palestinos.

Os convidados incluem ministros das finanças dos países árabes do Golfo, o secretário do Tesouro americano Steven Manuchin e a diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI) Christine Lagarde.

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A Autoridade Palestina decidiu boicotar a reunião e seu primeiro-ministro, Mohamed Shtayeh, criticou a ausência de uma menção ao fim da ocupação israelense.

(Com Estadão Conteúdo e AFP)

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