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Estados Unidos aumentam sanções contra o Irã

Campanha de 'Máxima Pressão' do governo americano contraiu em 9,5% a economia iraniana em 2019 e dificulta combate ao novo coronavírus

Por Da Redação
Atualizado em 27 mar 2020, 16h26 - Publicado em 27 mar 2020, 15h45

O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos divulgou nesta sexta-feira, 27, novas sanções contra autoridades do regime iraniano, companhias e empresários que tiveram contato ou financiaram a Força Quds, braço de elite da Guarda Revolucionária Iraniana (GRI), milícias xiitas no Iraque, como a Kataib Hezbollah, e pela venda de petróleo para o governo da Síria. A política de sanções americanas afetou profundamente a economia iraniana e pode gerar consequências no combate à pandemia do novo coronavírus.

“O Irã emprega uma rede de empresas que financia grupos terroristas pela região (Oriente Médio), desviando recursos dos iranianos e priorizando seus aliados em vez das necessidades básicas de sua população”, disse o secretário do Tesouro, Steve Mnuchin.

As restrições econômicas impostas pelos Estados Unidos, geralmente tendo como alvo a indústria petrolífera, já trouxe resultados perversos para a economia do país. O Fundo Monetário Internacional (FMI) estima que o Produto Interno Bruto (PIB) iraniano contraiu 9,5% em 2019.

Em 2015, o Irã havia assinado o acordo nuclear com as potências ocidentais, mais a Rússia e a China, no qual se comprometia a não desenvolver armamento nuclear em troca do relaxamento progressivo das sanções. No entanto, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, resolveu em 2018 sair unilateralmente do acordo, restabelecer as antigas sanções e impor novas, visando enfraquecer a economia do país para forçar Teerã a aceitar as exigências americanas.

Coronavírus

“Os Estados Unidos mantém amplas exceções e autorizações à ajuda humanitária, incluindo produtos agrícolas, comida, remédios e aparelhos médicos, para ajudar as pessoas do Irã a combater o coronavírus”, afirmou o secretário do Tesouro, no momento em que Teerã enfrenta a pandemia do novo coronavírus e pede à comunidade internacional o relaxamento das sanções para realizar a compra de equipamentos e insumos médicos para combater o vírus.

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Atualmente, há 32.332 casos diagnosticados e 2.378 mortes confirmadas. “Os líderes americanos estão mentindo. Se eles querem ajudar o povo iraniano, que levantem as sanções e, então, nós poderemos lidar com a epidemia de coronavírus”, disse o presidente do Irã, Hassan Rohani, em discurso televisionado.

As restrições econômicas contra o Irã desestimulam os bancos e instituições financeiras a realizarem transações com dinheiro vindo de Teerã, dificultando a aquisição de equipamentos e insumos médicos pelo país. Na tentativa de tirar a pressão do sistema de saúde, a Agência para Refugiados da Organização das Nações Unidas (Acnur) enviou ao Irã um carregamento contendo quatro toneladas de material para os hospitais combaterem a epidemia.

A pandemia do novo coronavírus já atingiu mais de 160 países, infectando 566.269 e matando 26.455 pessoas, segundo a Johns Hopkins University. O pior cenário é o dos Estados Unidos, com 94.238 casos e 1.438 mortes, em segundo vem a China, onde a doença se originou, com 81.897 infectados e 3.296 mortes, porém o país asiático conseguiu controlar a propagação do vírus. Em terceiro lugar está a Itália, com 86.498 infectados e 9.134 mortes. A  Espanha vem em quarto lugar, com 64.059 casos e 4.858 mortes. No Brasil, foram contabilizadas 2.567 infecções e 61 mortes, a maioria no estado de São Paulo.

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