Equador passa a exigir vacina contra febre amarela de visitantes do Brasil
Medida atinge turistas que tenham permanecido por mais de dez dias em áreas de risco na América do Sul

O governo do Equador anunciou na quinta-feira 1º que, a partir do dia 12 de maio, visitantes do Brasil, Bolívia, Colômbia e Peru precisarão apresentar um certificado internacional de vacinação contra a febre amarela. A medida foi divulgada pelo Ministério da Saúde como forma de conter o avanço da doença, que é endêmica em regiões tropicais da América do Sul e Central.
Segundo o comunicado, a exigência vale para todos os viajantes que tenham passado mais de dez dias em qualquer um desses países antes de ingressar no território equatoriano. A febre amarela é uma infecção viral grave, transmitida por mosquitos, que pode provocar falência renal, hemorragias internas e até a morte em casos mais graves.
Como parte da estratégia de contenção, o Equador também lançará uma campanha de vacinação em suas províncias amazônicas — especialmente aquelas que fazem fronteira com a Colômbia e o Peru —, além de oferecer imunização a pessoas que se deslocam para áreas de floresta.
Risco de infecções
Até o momento, o país registrou apenas três casos da doença, de acordo com o ministro da Saúde, Edgar Lama. Ele afirmou que a situação está sob controle e não se compara à de países vizinhos. “Não estamos em um cenário como o da Colômbia e do Peru, que enfrentam surtos mais expressivos”, disse Lama.
A Colômbia, por exemplo, decretou estado de emergência sanitária há duas semanas, após um surto que resultou em pelo menos 34 mortes. Nos Estados Unidos, os Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) elevaram o nível de alerta para viagens à América do Sul, recomendando que turistas com destino à Bolívia, Colômbia e Peru se vacinem antes da viagem.