Equador declara estado de emergência por chegada de venezuelanos
País recebeu 4 200 imigrantes por dia na última semana; medida irá acelerar ajuda humanitária e processos burocráticos
O Equador declarou nesta quarta-feira (8) estado de emergência migratória em três províncias, devido à grande quantidade de imigrantes venezuelanos chegando ao país através da fronteira com a Colômbia, fugindo da crise econômica que abala a Venezuela.
A hiperinflação e a escassez crônica de produtos na Venezuela têm provocado um êxodo de cidadãos que normalmente viajam por terra atravessando a Colômbia e muitas vezes seguem para outros países como Equador, Peru e Chile.
“O governo do Equador declarou estado de emergência relacionado à imigração humana nas províncias de Carchi, Pichincha e El Oro para fornecer atenção urgente aos imigrantes venezuelanos na fronteira norte”, disse o Ministério de Relações Exteriores em comunicado.
A pasta acrescentou que o Equador começou a receber nesta semana 4 200 imigrantes venezuelanos por dia, sem informar qual era o número anterior e porque a quantidade havia aumentado.
O estado de emergência, que durará até o fim de agosto, tem como objetivo acelerar a mobilização de médicos e assistentes sociais para cuidar das necessidades dos imigrantes, assim como policiais para ajudar nos procedimentos de imigração.
O comunicado afirmou que agências como a Organização Internacional de Migração e a Agência de Refugiados da ONU (Acnur) também participarão dos esforços.
A província de Carchi, ao norte do país, tem fronteira direta com a Colômbia, enquanto El Oro, no sudoeste, faz fronteira com o Peru. A província de Pichincha, onde fica Quito, também está próxima do limite com a Colômbia e foi afetada pelo fluxo imigratório.
O ministro equatoriano das Relações Exteriores, José Valencia, disse no Twitter que “como órgão reitor da política de mobilidade humana decidimos declarar a emergência nas três províncias para garantir a defesa dos direitos através de uma resposta concertada de parte de todo o estado”.
(Com Reuters e AFP)