Emboscada do Hamas deixa 9 militares israelenses mortos em Gaza
Oficiais de alta patente estão entre as vítimas, que perderam a vida após tentativa fracassada de resgatar soldados feridos na área de Shejaiya
Uma emboscada elaborada do grupo terrorista palestino Hamas no norte da Faixa de Gaza deixou dois militares israelenses de alta patente e sete outros soldados mortos nesta quarta-feira, 13. O incidente, um dos mais letais para o exército israelense desde o início da guerra, há dois meses, ocorreu no subúrbio de Shejaiya, na Cidade de Gaza, onde se desenrolam intensas batalhas urbanas.
Os militares de Israel caíram na emboscada, que envolveu dispositivos explosivos improvisados e snipers posicionados em edifícios, durante uma tentativa fracassada de resgatar quatro soldados feridos na região.
Emboscada
O tenente-coronel Tomer Greenberg, comandante da Brigada Golani, que lutou contra o Hamas durante os atentados do dia 7 de outubro, está entre os mortos, segundo autoridades de Tel Aviv. Além dele, também perderam a vida outro coronel, três majores e vários membros de uma força de resgate de combate.
“Enquanto realizavam buscas para limpar edifícios no coração de Shejaiya Kasbah, considerada uma área lotada e repleta de alvos terroristas, houve uma grande explosão em um dos edifícios e vários soldados do 13º batalhão ficaram feridos”, disse a Brigada Golani em comunicado.
De acordo com as Forças de Defesa de Israel (FDI), os soldados aproximavam-se de um edifício quando foram atacados, iniciando um tiroteio no qual foram atingidos por granadas e explosivos. Quatro pessoas ficaram gravemente feridas, e, quando mais militares foram ajudar o primeiro grupo, temendo que pudessem ser sequestrados e arrastados para um túnel, uma segunda explosão atingiu a todos. Um terceiro grupo que tentou se aproximar para resgatar os feridos também foi atingido por uma terceira bomba.
Guerra se intensifica
A emboscada ocorreu depois do ministro da Defesa, Yoav Gallant, afirmar que Israel cercou os “últimos redutos” do Hamas no norte de Gaza, chegando perto de obter controle total da região.
As últimas mortes israelenses em combate ocorrem em meio a temores de uma crise humanitária em rápida escalada em Gaza. Fortes chuvas de inverno e o clima frio assolam a região que já luta com escassez de alimentos e água e bombardeios diários.
Na terça-feira 12, a Assembleia Geral das Nações Unidas aprovou uma resolução apelando por um cessar-fogo humanitário imediato na Faixa de Gaza. O texto, porém, não tem poder vinculante – ou seja, não pode obrigar nenhuma das partes a interromper os ataques.
A guerra desencadeada pelo ataque do Hamas a Israel, em 7 de outubro, deixou 1.200 mortos do lado israelense. Em Gaza, segundo o Ministério da Saúde local, controlado pelo grupo terrorista, mais de 18.000 palestinos morreram e 80% da população de 2,3 milhões de habitantes precisou fugir de suas casas.